Reintegração de posse da ocupação Nelson Mandela é suspensa pela 4ª vez

Hoje em Dia
25/03/2015 às 18:53.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:23
 (Carlos Rhienck/Hoje em Dia)

(Carlos Rhienck/Hoje em Dia)

A ordem de reinteigração de posse na ocupação Nelson Mandela, no aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, agendada para esta quinta-feira (26) foi cancelada. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, a Justiça não oficializou o pedido ao comandante do 22º Batalhão da PM, major Olívio Garcia, quarta-feira (25), e com isso a ação foi suspensa.   Conforme o major Gilmar Luciano, é preciso que um oficial da Justiça comunique a ordem com pelo menos um dia de antecedência, para que a Polícia Militar organize seu efetivo para o cumprimento da reintegração de posse. Sem a procura, não há possibilidade do ato. Não foi informada uma nova data para desocupação do terreno.   Esta não é a primeira vez que a reintegração de posse da ocupação Nelson Mandela é adiada. Esta é a quarta vez que a ordem é suspensa. O último adiamento foi em 5 de março, para a ação que seria executada em 6 de março.   Acordo   Em reunião anterior, foi acertado que os ocupantes irão receber uma bolsa moradia fornecida pelo governo mineiro por meio de convênio com a PBH. O valor será de R$ 500 mensais por família. O benefício será oferecido até que ocorra o reassentamento em local definitivo em Belo Horizonte e região.   Além de custear a bolsa moradia, o Estado vai apoiar as famílias e a PBH no processo de procura de um lar provisório. A Cohab vai colocar à disposição das partes equipes técnicas e veículos.   Perigo   Segundo a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, o perigo na área invadida é causado pelas ocupações irregulares da barragem do Parque do Cardoso, que podem gerar o rompimento dessa estrutura, construída para conter as enchentes na avenida Mem de Sá. Para o coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel Alexandre Lucas Alves, a solução imediata é a retirada dos moradores.   De acordo com ele, o rompimento da barragem pode causar o despejo e o impacto de 200 mil toneladas de detritos ao longo da avenida Mem de Sá até a avenida dos Andradas no caso de chuva forte, provocando danos humanos e materiais.   Em dezembro, a prefeitura emitiu alerta para o risco de rompimento da barragem. Os moradores estão, segundo a Comdec, retirando a cobertura vegetal e promovendo escavações irregulares para construção das moradias no corpo da encosta da barragem, fato que compromete a estabilidade da obra de contenção. O córrego Cardoso nasce na região do Cafezal, no Aglomerado da Serra, e deságua no Arrudas.   Ele corre embaixo da avenida Mem de Sá, mas até os anos 1970 tinha água limpa e muito mato em suas margens, ao invés de casas ao redor e uma avenida passando por cima.

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