Resgatados 66 trabalhadores rurais em situação análoga à de escravidão em Paracatu

Da Redação
16/07/2019 às 21:49.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:34
Duas das vítimas eram irmãos de17 e 22 anos de idade, sendo que ambos trabalham sob essa condição havia três anos, o que mostra que um deles tinha 14 quando iniciou suas atividades (MPT)

Duas das vítimas eram irmãos de17 e 22 anos de idade, sendo que ambos trabalham sob essa condição havia três anos, o que mostra que um deles tinha 14 quando iniciou suas atividades (MPT)

66 pessoas que trabalhavam em situação análoga à de escravo em uma fazenda de Paracatu, na região Noroeste de Minas Gerais, foram resgatadas por auditores fiscais. De acordo com Ministério Público do Trabalho (MPT), eles exerciam suas atividades na colheita de milho desprotegidos e sob risco de acidentes.

O relatório dos auditores fiscais indicou que não havia local para refeição, abrigo contra chuva, sanitário e reposição de água potável. Além de não ter acesso a roupas de cama, os trabalhadores usavam tijolos e pedaços de madeira com travesseiro.

Houve também infrações quanto ao registro formal dos trabalhadores, falta de depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e controle de jornada, e condições em que o transporte para a colheita de milho era realizado.

Segundo o MPT, todos os resgatados foram aliciados para o trabalho por meio de "gatos", pessoas que intermediavam ilegalmente a contratação da mão de obra com a promessa de pagamento de diária de R$ 70.

Os trabalhadores que saíram do Nordeste do país receberam R$ 500 para o custeio da passagem de volta e aqueles que moram na região Norte de Minas tiveram um ônibus fretado.

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