Restos mortais do copiloto do avião de Eduardo Campos são enterrados em Minas

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
17/08/2014 às 17:53.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:49
 (Leonardo Morais/Hoje em Dia)

(Leonardo Morais/Hoje em Dia)

Os restos mortais do copiloto Geraldo Magela Barbosa da Cunha, de 45 anos, uma das sete vítimas do acidente aéreo que matou o candidato a presidente Eduardo Campos (PSB), foram sepultados na tarde de hoje (17) em Governador Valadares, Leste do Estado. A mãe Odete Ferreira da Cunha, de 79 anos, e os dois irmãos de “Magelinha” receberam apoio de familiares e amigos que lotaram o Cemitério Santa Rita.

“Ele morreu fazendo o que mais gostava”, disse a mãe com olhar perdido ao amigo que a amparava, o bispo Fernando Luiz, da Igreja Universal e vereador em Belo Horizonte. Segundo um dos irmãos do copiloto, o fabricante de barcos Eduardo Barbosa da Cunha, de 50 anos, a família acompanha as investigações com atenção. “Precisamos saber o que aconteceu. Meu irmão era piloto há mais de 20 anos e muito experiente. Não acreditamos em falha humana”.

Pilotos de voo livre de Valadares, outra paixão de “Magelinha” que voava de asa delta todas as vezes que vinha à cidade, estavam comovidos. “Era muito responsável, mas também extrovertido. Quando concluiu o curso de voo livre, tirou as roupas e mergulhou numa lagoa que admirava do alto, todas as vezes que decolava do Pico da Ibituruna”, conta Wanderson de Jesus, de 39 anos, o “chupa-cabras”.

 “Perdi mais que um amigo, ele era um irmão. Estávamos sempre em contato pela internet, whatsApp”, conta o subtenente da Polícia Militar Elias Ribeiro Júnior. “Vamos sentir muita falta dele. Sabemos que a morte é certa, mas ele era muito jovem”, disse outro amigo, o também militar, Gemilson Coimbra, de 46 anos.

O corpo chegou à Valadares na noite deste sábado (16) e foi velado na Sexta Igreja Presbiteriana, no Bairro São Pedro. Magela era casado, pai de um menino de quatro anos e morava com a família em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. A viúva Joseline Amaral Cunha não veio para o velório e sepultamento ocorrido às 15 horas. Ela está grávida de sete meses e, segundo familiares, debilitada e inconformada com a perda. O repouso é uma recomendação médica.

Magela emigrou para os Estados Unidos na década de 1980, seguindo um fluxo migratório que tornou a cidade conhecida internacionalmente como “Valadólares” e lá estudou aviação. Ele retornou ao Brasil há sete anos.  

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