Reunião falha e capivaras na Pampulha continuam sem destino

Ricardo Rodrigues - Hoje em Dia
14/04/2015 às 18:47.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:38
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Não houve acordo sobre o destino das capivaras da orla da Pampulha durante audiência de conciliação presidida pelo juiz da 20ª Vara Federal, Itelmar Raydan, realizada nesta terça-feira (14). Desde setembro, a PBH empreende a retirada desses roedores que vivem no principal cartão postal da cidade, ao custo de mais de R$ 2 mil por animal, sob o argumento de que estariam contaminados com o vírus da febre maculosa.    Estresse, fome e recolhimento em cativeiro impróprio teriam provocado a morte de 20 dos 52 roedores capturados pela prefeitura. “Nas condições atuais, os animais até agora sobreviventes também morrerão”, alerta o relatório da visita técnica às capivaras mantidas em cativeiro, coordenada pelo veterinário Leonardo Maciel.    Chefe da Divisão Especializada de Proteção de Meio Ambiente da Polícia Civil, a delegada Margaret de Freitas Assis Rocha informou que aguarda o laudo da perícia técnica para concluir a investigação de denúncia de maus-tratos contra as capivaras capturadas pela Prefeitura de Belo Horizonte e mantidas em cativeiro.    O procedimento foi aberto na Delegacia de Especializada de Crimes contra o Meio Ambiente e Conflitos Agrários depois de denúncia do Movimento Mineiro pelo Direito dos Animais. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente negou a prática de maus-tratos, embora reconheça a ocorrência de óbitos desses animais.   “A prefeitura insiste em não fazer o manejo ético das capivaras (castrar machos e fêmeas, combater os carrapatos) e devolvê-las à orla da Pampulha, sob o argumento de que não tem dinheiro para isso” Adriana Araújo, coordenadora do Movimento Mineiro pelos Direitos Animais

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