Revitalização de jardins leva charme dos anos 40 de volta à Pampulha

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
02/03/2013 às 07:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:30
 (Luiz Costa)

(Luiz Costa)

Um dos mais belos e charmosos cartões-postais da capital mineira, a orla da Lagoa da Pampulha, está prestes a reviver o auge de sua beleza, na década de 1940, quando ganhou colorido e desenho especiais do paisagista Roberto Burle Marx.

A revitalização dos cinco jardins que integram o conjunto arquitetônico e paisagístico da Pampulha e a restauração da Casa Kubitschek, o refúgio belo-horizontino do ex-presidente Juscelino, começam na segunda-feira. O primeiro espaço a ser revitalizado é a Casa do Baile.

As ações, uma medida compensatória estabelecida pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio do de BH à EPO Engenharia, estão orçadas em R$ 2 milhões, segundo o arquiteto da empresa, Luiz Henrique Medeiros, executor do projeto.

Casa do Baile, Igreja de São Francisco, Museu de Arte, Casa JK e praça Dalva Simão ganharão canteiros novos e terão resgatada a originalidade do projeto de Burle Marx.

Espécies de plantas raras, originárias da China, Malásia, Índia e de países da América Central e do Sul, utilizadas na concepção do projeto, serão realocadas aos espaços. Passeios, espelhos d’água e fontes também serão recuperados.

Na Casa JK, erguida entre 1940 e 1943, as transformações, mais severas, darão o tom ao espaço que sediará uma extensão do Museu Histórico Abílio Barreto.

O imóvel será totalmente restaurado e ganhará um anexo, nos fundos do terreno, de 2.800 metros quadrados. O espaço funcionará como reserva técnica do museu.

O arquiteto Ricardo Lanna, consultor do projeto executado pela EPO, ressalta que não há intenção de substituir a edícula (casa pequena) que será demolida. “Nos preocupamos com a qualidade estética do anexo, que terá uma leitura contemporânea. O cômodo adicional, no entanto, não tem como objetivo substituir”, reforça.

O projeto que previa a construção do “puxadinho” foi aprovado na última quinta-feira, em instância final, segundo o arquiteto da EPO Engenharia, pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento (Compur).

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