(Divulgação/ Jardim Zoológico/ Suziane Fonseca)
A rinoceronte-branco do Jardim Zoológico de Belo Horizonte completou 51 anos nesta terça-feira (4), idade acima da expectativa de vida da espécie, que é de cinco décadas. Moradora mais antiga do espaço na Pampulha, Luna recebeu agrados neste dia especial: doses extras de "escovada" e de feno de alfafa, comida preferida do animal.
De acordo com a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, ela nasceu em 4 de maio de 1970, em um zoológico da Alemanha. Luna chegou a BH com 2 anos e encanta mineiros e turistas desde então. A vida longa, segundo o gerente do Zoo, Humberto Mello, é resultado da jornada de cuidados que recebeu.
"Se espera que o animal, por estar sob cuidados humanos e com um programa de manejo e bem-estar adequados, viva mais do que o que viveria no ambiente natural. Na natureza, ele sofre os impactos do ambiente, como os predadores felinos", explicou.
Além desses riscos, o rinoceronte-branco é ameaçado de extinção por criminosos que matam o bicho para retirar o chifre - formado por filamentos de queratina, usados como afrodisíaco ou remédio para febre.Divulgação/ Jardim Zoológico/ Suziane Fonseca
Animal vive em 'liberdade controlada', com acesso a recintos como poço de lama e 'área de fuga'
Bem-estar
Apesar de ser a mais velha do zoológico, acompanhada de perto pela elefante africana Beré, de 46 anos, Luna tem saúde considerada boa pela equipe de veterinária do espaço. Segundo Humberto, a rinoceronte tem apenas uma conjuntivite crônica, mas recebe tratamento diário.
O animal conta com um programa de alimentação equilibrado e os recintos passam por higienização constante. Como é uma espécie que prefere viver sozinha, a rinoceronte se adaptou muito bem ao zoológico.
"Ela tem liberdade de recintos, de escolher onde ficar, como a área de descanso, de alimentação, o poço de lama e a área de fuga, local onde fica quando não quer estar exposta à visitação", disse Humberto.
O gerente do Jardim Zoológico também contou que, embora prefira viver sozinha, Luna ficou durante muitos anos na companhia de um macho, vindo da Checoslováquia. "A gente promove a aproximação, mas não necessariamente o macho será escolhido pela fêmea, e vice-versa", afirmou.
O servidor relembrou a importância dos zoológicos como espaços científicos de conservação das espécies e de educação ambiental. "Quando uma instituição realmente preza pela pesquisa, pelos programas de conservação e, principalmente um planejamento para o bem-estar dos animais, entendemos que existe uma razão para o animal estar aqui", finalizou.
Curiosidade
Apesar do nome, o rinoceronte-branco não é dessa cor, e possui a pele acinzentada. É chamado de "branco" por causa da mandíbula "larga", que os colonos africânderes, descendentes de holandeses, chamavam por "wyd" (largo), em inglês "wide", mas os ingleses entenderam "white" (branco).
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