Risco de rompimento de barragem tira mais 23 famílias de casa em Itatiaiuçu

Renata Evangelista
04/07/2019 às 12:21.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:23
 (Reprodução/Flickr)

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A Defesa Civil informou, nesta quinta-feira (4), que mais 23 famílias que moram nas proximidades da barragem Mina Serra Azul, em Itatiaiuçu, na região Central de Minas, terão que deixar suas casas. Desde fevereiro, 159 pessoas (48 famílias) foram evacuadas pelo risco de colapso da estrutura de minério.

De acordo com o tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador-adjunto da Defesa Civil, nesta semana, a mineradora ArcelorMittal apresentou um estudo que mostra o impacto real em caso de vazamento de 100% dos rejeitos da barragem. "Um novo estudo de Dam Break foi apresentado para a Agência Nacional de Mineração (ANM). Esse estudo abrange a área de inundação e ela (lama) poderia chegar em 23 novas residências", explicou.

A Defesa Civil se reuniu nesta manhã com representantes da ArcelorMittal, do Ministério Público e da Secretaria de Saúde para traçar as novas estratégias de segurança. Ficou decidido que os moradores da comunidade de Pinheiros serão evacuados durante à tarde. "Estamos fazendo um trabalho de busca ativa para evacuar mais 23 famílias", explicou o coordenador da Defesa Civil. Por nota, a ArcelorMittal lamentou a situação dos moradores. 

"A ArcelorMittal Brasil pede desculpas pelos transtornos que esta última decisão irá causar à comunidade e às famílias afetadas. A empresa reforça que a segurança deve sempre vir em primeiro lugar", declarou. "Faremos tudo que estiver ao nosso alcance para apoiar as famílias impactadas por esta última decisão, considerando que a nossa prioridade é a segurança, sempre", reforçou Sebastião Costa, CEO da mineradora.

A mineradora informou que não houve alteração no nível de emergência da barragem, que permanece no índice 2. Nível máximo, que indica risco iminente de ruptura, é o 3.

Mina Serra Azul

A Mina de Serra Azul produz 1.2 milhões de toneladas de concentrado e minério granulado por ano. De acordo com a ArcelorMittal, ela está desativada desde outubro de 2012. Desde então, Serra Azul está operando sem nenhum rejeito úmido, o qual foi substituído pelas metodologias de empilhamento a seco e em cava. 

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