Risco em barragem da Vale tira 457 pessoas de casa em Barão de Cocais

Da Redação*
28/06/2019 às 14:43.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:18
 (Lucas Prates / Hoje em Dia)

(Lucas Prates / Hoje em Dia)

A Vale atualizou nesta sexta-feira (28) o número de pessoas que tiveram que abandonar suas casas por causa do risco de rompimento da barragem Sul Superior, em Barão de Cocais, na Região Central de Minas. Conforme a mineradora, 457 pessoas tiveram que ir para outros imóveis.

A barragem está ameaçada desde o dia 22 de março, quando a Vale acionou o nível 3 de emergência, que significa risco iminente de ruptura. Além de Barão de Cocais, estão sem acesso às suas residências 1.105 moradores de Brumadinho, Nova Lima, Ouro Preto e Rio Preto.

Uma tragédia com a estrutura afetaria novamente a bacia do Rio Doce, que foi impactada em 2015 a partir do rompimento da barragem Fundão em Mariana, na região Central do Estado.  Situada na Mina de Gongo Soco, a barragem Sul Superior é uma das quatro que estão em nível 3. 

Rompimento do talude

No mês passado, a Vale chegou a dar como certo o rompimento do talude de uma cava da Mina de Gongo Soco. Também admitiu a possibilidade de que as vibrações provocadas no episódio funcionem como um gatilho para a ruptura da barragem Sul Superior. A distância entre as duas estruturas é de 1,5 quilômetro.

O talude é um plano de terreno inclinado, isto é, um tipo de paredão que cerca a cava. A ruptura na Mina de Gongo Soco, que foi prevista inicialmente para ocorrer até 25 de maio, ainda não aconteceu. Posteriormente, a mineradora minimizou os riscos afirmando que a tendência é um deslizamento para dentro da cava sem maiores consequências.

A situação segue em monitoramento. O boletim divulgado nesta manhã indicou que a estrutura se deslocava a 43,2 centímetros por dia. O paredão tem cerca de 96 mil metros quadrados.

Ameaça

Em Minas, dezenas de estruturas da Vale estão foram paralisadas, na maioria das vezes por determinações da Justiça, que atendeu pedidos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) realizados com base em documentos que colocam em questão a segurança das barragens.

Decisões da Agência Nacional de Mineração, da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais e até mesmo da própria Vale também culminaram em interdições de estruturas. 

*Com Agência Brasil

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