Ritmo de transmissão do coronavírus pode ser diferente em cada Estado, diz subsecretário de Minas

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
13/03/2020 às 15:47.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:56
 (Riva Moreira)

(Riva Moreira)

Não é possível fazer uma previsão de como será a transmissão do coronavírus no Brasil e em Minas Gerais, já que a Covid-19 se manifesta de maneira diferente em cada país. A análise é do subsecretário de Políticas e Ações de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Marcilio Dias Magalhães.

“A gente não sabe como será o comportamento do vírus em Minas Gerais. Pode ser diferente no Rio Grande do Sul, como também pode ser na Bahia. Depende das condições climáticas, depende de uma série de fatores. Depende, inclusive, do poder público”, afirmou o subsecretário.

Segundo ele, o cenário de transmissão do coronavírus no Brasil e no mundo é dinâmico e o trabalho de enfrentamento a uma possível epidemia acompanha essas mudanças. De acordo com o último balanço da secretaria, dois casos foram confirmados, 22 descartados e 289 são investigados. 

O novo coronavírus se manifestou de maneira diferente nos países onde epidemias foram diagnosticadas. Na Itália, onde morreram mais de mil pessoas, a taxa de letalidade do vírus foi maior do que a detectada na China, onde houve mais de 3 mil óbitos, mas um número de infectados é muito maior. O fato de a Itália ter uma população idosa grande e uma cultura que valoriza beijos e abraços entre amigos pode ter contribuído para isso.

O fato de o enfrentamento ao novo coronavírus começar antes do período de frio no Brasil é uma vantagem, de acordo com diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da SES-MG, Janaína Fonseca Almeida. “A transmissão de viroses tende a ganhar mais força no período frio, especialmente a partir de abril e maio”, explicou.

Uma mudança de hábito recomendada pelos especialistas da SES para conter o avanço do coronavírus e outras viroses é evitar neste momento o contato físico entre amigos, como abraços, beijos no rosto e apertos de mão.

Diagnóstico

Uma vantagem apresentada pela secretaria no enfrentamento a uma possível epidemia é a realização de exames pela Fundação Ezequiel Dias desde quinta-feira (12). Enquanto os exames eram feitos pela Fiocruz, levava-se seis dias para sair o resultado. Agora, a Funed promete dar resposta a um exame em 72 horas. A rapidez no resultado permite uma maior agilidade nas ações referentes a pessoas com a doença, como definição de quarentena.

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