
O novo contorno viário da Grande BH, o chamado Rodoanel Metropolitano, poderá reduzir mais de mil acidentes por ano no Anel Rodoviário da capital. Além disso, quem passar pela futura estrada conseguirá diminuir em até 50 minutos o tempo de deslocamento. As informações foram dadas nesta quinta-feira (3) pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra).
Técnicos da pasta têm feito uma série de estudos sobre as possíveis mudanças após a implantação do projeto, que está avançado em Minas. O objetivo é solucionar gargalos e estruturar um corredor logístico, já que há um grande fluxo de cargas que passa pelo entorno da metrópole em direção a outras regiões. O custo total da obra é de R$ 6 bilhões - metade será paga pela Vale em um acordo devido ao desastre de Brumadinho.
A estrada terá aproximadamente 100 km de extensão, ligando alguns dos principais polos econômicos do Estado. A expectativa é atender 5 milhões de habitantes de 15 municípios da Grande BH.
Segundo o Estado, as obras de construção do Rodoanel devem criar mais de 10 mil empregos diretos e indiretos
Os estudos do projeto indicam, ainda, a diminuição do fluxo de caminhões em Belo Horizonte e a melhoria no trânsito de veículos de transporte coletivo nos limites da cidade.
Edital para iniciar obras deve sair em 2021
Conforme a Seinfra, o processo licitatório está previsto para ser lançado ainda neste ano. Já o edital de concessão para as obras do Rodoanel deve ser liberado até o fim do 1º trimestre de 2021. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato. Pelo cronograma do governo estadual, a modelagem do projeto deve ser concluída em dezembro.
“Temos pressa para tirar isso do papel, pois sabemos da importância do Rodoanel para Belo Horizonte e para o desenvolvimento de Minas”, afirmou o secretário, em recente entrevista ao Hoje em Dia
O traçado das quatro alças já foi definido pelo Estado. No início de novembro, o governo realizou uma série de encontros virtuais com representantes de 14 empresas e fundos de investimentos do Brasil, Emirados Árabes, Singapura e Espanha. Além disso, pretende lançar, entre janeiro e fevereiro, consultas públicas para determinar marcos da concessão dos trechos da rodovia, que será construída através de Parceria Público-Privada.
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