Roubos, assassinatos e estupros aumentam 7,8% em Minas

Celso Martins - Do Hoje em Dia
24/01/2013 às 08:16.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:02
 (Luiz Costa)

(Luiz Costa)

As 20 cidades mineiras com maior índice de violência e as mais populosas serão vigiadas 24 horas pela polícia. O número de câmeras nos municípios, 600, passará para 1.200 até o fim do ano. Essa é uma das promessas da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) para tentar reduzir os crimes violentos em Minas, onde o registro de homicídios, estupros e roubos, juntos, aumentou 7,8% em 2012, na comparação com 2011.

De um ano para o outro, os crimes contra o patrimônio cresceram 9,3%. Entram nessa modalidade explosões de caixas eletrônicos, assaltos a bancos e sequestros com reféns. Ousados, os ladrões miram até terminais de saque em empresas. Na última quarta-feira (23), cinco homens invadiram a Magnesita Refratários, em Contagem, e mandaram um posto de autoatendimento pelos ares, mas não conseguiram fugir com o dinheiro. Ninguém foi preso.

A redução de 2,9% nos homicídios nos maiores municípios da Grande BH fez os assassinatos recuarem 0,8% em Minas. Mesmo assim, em um ano, houve 3.924 ocorrências no Estado.

Considerando só as mortes em Belo Horizonte, o aumento foi de 1,8%. Foram 767 homicídios em 2011 e 786 no ano passado.

Interior

No interior, o avanço da criminalidade é preocupante. Em Divinópolis, no Centro-Oeste, os crimes violentos cresceram 63,4% em 2012 e os assassinatos, 20,9%. Em Poços de Caldas, no Sul de Minas, os aumentos foram de 55,89% e 495%, respectivamente. Em Montes Claros, no Norte, a taxa de homicídios passou de 21,8 a cada 100 mil habitantes para 28,7, ou 31,8% a mais. Em relação a 2004, o crescimento foi de 153%.

O secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, informou que em Montes Claros foi criada uma delegacia de homicídios. Para combater a violência nas demais regiões de Minas, serão contratados 433 delegados. Concursos vão preencher 1.497 vagas na Polícia Civil.

Outra medida é a criação de oito centros de prevenção à criminalidade. Além disso, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as polícias Civil, Federal e Militar, o Corpo de Bombeiros e o Exército vão se unir para combater ataques a caixas eletrônicos. A Febraban vai avaliar a possibilidade de implantar novos dispositivos de segurança nos terminas.
 
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