Saúde: Núcleo pretende realizar 40 cirurgias/mês em combate a obesidade

Do Portal HD
08/12/2012 às 18:59.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:13
 (Maurício de Souza)

(Maurício de Souza)

A obesidade é um forte fator de risco para a saúde. Os altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de diabetes e doenças cardiovasculares e respiratórias podem estar diretamente relacionados a pessoas obesas. Para se ter uma ideia, em outubro, o Governo Federal decidiu investir 11 milhões contra a obesidade. Serão 26 estados e 969 municípios brasileiros a receber os repasses do Ministério da Saúde (MS) para a estruturação da Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), que tem por objetivo fazer o diagnóstico da situação alimentar e nutricional da população brasileira.

Uma das alternativas para pessoas com problemas relacionadas ao excesso de peso é a cirurgia bariátrica. Apenas casos especiais devem adotar essa medida. O Índice de Massa Corporal (IMC) – razão entre o peso e o quadrado da altura – é o que limita a realização do processo operatório. Antes dessa opção, o paciente, entre 16 e 65 anos, passa por avaliação clínica e cirúrgica e deve ter acompanhamento com equipe multidisciplinar durante dois anos; além de dieta. Se os resultados não forem positivos a cirurgia é recomendada e pode ser feita pelo SUS.

Em Belo Horizonte, o Núcleo Mineiro de Obesidade (NUOBES), uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, realiza um trabalho de combate a obesidade e proporciona a cirurgia bariátrica para quem não tem condições de custear a operação. 

A presidente da NUOBES, Jussara Xavier Lima, informou que o núcleo já realizou mais de cinquenta cirurgias e tratamentos desde 2002, e que a meta, a partir de março de 2013, são de 40 cirurgias por mês. Além do apoio financeiro, a NUOBES diz oferecer acompanhamento tanto nutricional quanto psicológico a todos os associados em necessidade. 
 



De 108 para 61 quilos, Ana Alice faz acompanhamento nutricional e credita a NUOBES a melhoria de sua saúde 

Há um ano e cinco meses, Ana Alice Pereira do Nascimento, 45 anos, pesava 108 quilos e apresentava graves problemas de saúde. Ela conta que fez uma bateria de exames que acusou o colesterol e a pressão em altos níveis, além de apneia. Orientada pelo cardiologista, ela fez a cirurgia de redução de estômago e afirma ter sido muito importante o apoio da NUOBES, tanto com acompanhamento psicológico, quanto com os grupos de apoio. 

Ana Alice diz ser uma "gastroplastizada de sucesso", por não ter sido necessário nenhum reparo pós operatório, que é comum entre os que fazem a cirurgia. Hoje, com 61 quilos, ela ainda faz acompanhamento nutricional de reeducação alimentar oferecido pelo núcleo. 

A psicóloga do núcleo, Neuza Borges, avalia o estado emocional e a expectativa daqueles que procuram ajuda da NUOBES, e afirma que o maior desafio está em estabelecer e manter um controle dessas pessoas. "O mais difícil é controlar a compulsão dos pacientes, que muitas vezes está associada a um problema psicológico. É por isso que tentamos acolhê-los e oferecer um acompanhamento tanto antes, durante, quanto depois da cirurgia. Esse direcionamento integral é muito importante", afirma.
 

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