Baixo estoque de sangue pode comprometer atendimento em Minas

Gabriela Sales - Hoje em Dia
08/01/2015 às 09:37.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:36
 (Marcelo Prates/Hoje em Dia)

(Marcelo Prates/Hoje em Dia)

Os hemocentros de Minas já enfrentam situação crítica com o baixo estoque de sangue nesta época do ano, principalmente com a elevação da demanda devido ao maior volume de acidentes. A ampliação do número de doadores no ano passado, que chegou a 350.528, não foi suficiente para garantir um estoque regular. Em 2013, 340.571 pessoas compareceram às unidades de coleta. Na última sexta-feira, a Fundação Hemominas fez um apelo à população para que compareça aos postos e faça a sua doação. Essa medida está sendo reforçada nesta semana.

De acordo com a Hemominas, hoje a maior necessidade dos hemocentros tem sido pelos tipos sanguíneos com fator RH negativo, que são raros e há uma dificuldade maior para encontrar doadores. “No período das festas de fim de ano, houve uma queda de 47% nesses grupos sanguíneos em todo o Estado. Isso compromete a oferta aos pacientes que necessitam de sangue, pois deixamos de prestar atendimentos regulares para garantir apenas os casos de urgência e emergência”, explica a chefe do setor de captação do Hemocentro Belo Horizonte, Helen Dupim. As doações abastecem unidades hospitalares em todo o Estado.

O apelo da Fundação Hemominas já começa a surtir efeito. A fotógrafa Kamila Temponi, de 25 anos, fez questão de começar o ano contribuindo com o hemocentro. “É um período crítico que precisa da ajuda de todos para que o estoque de sangue não fique comprometido. Essa foi minha primeira meta realizada neste ano”, conta.

Para a bancária Jaqueline Duarte, de 50 anos, o ato de doação representa solidariedade. “Estou muito feliz em ajudar e voltarei ao hemocentro outra vez com muita satisfação”.

Há nove anos, o comprador Saulo dos Santos, de 26 anos, mantém o compromisso de doar sangue quatro vezes por ano. “Fico feliz em saber que uma pequena bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas. Esse é o meu objetivo, ajudar a quem precisa”, garante.

De acordo com a portaria 2.712/2013, do Ministério da Saúde, para ser um doador é preciso ter boa saúde e idade entre 16 e 69 anos – a idade máxima para a primeira doação é até os 60 anos. Para os menores de 18 anos, é preciso autorização dos pais ou responsáveis para o procedimento.

Helen Dupin ressalta que doenças cardíacas, diabetes, reumatismo, além de hepatites e doenças sexualmente transmissíveis impedem a doação, bem como o uso de medicamentos, que pode deixar o doador vulnerável.

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