Capital registra manifestação contra restrições ao comércio e favorável a uma intervenção militar

Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte
19/04/2020 às 17:35.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:19
 (Reprodução/Redes Sociais)

(Reprodução/Redes Sociais)

Assim como ocorreu em outras capitais, como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília - nesta última, com a participação do próprio presidente Jair Bolsonaro -, Belo Horizonte registrou, na tarde deste domingo (19), manifestação em comemoração ao Dia do Exército. O protesto foi marcado por pedidos de fim das restrições ao comércio na cidade e no Estado, de intervenção militar e de instauração de um novo Ato Institucional número 5 (o AI-5, que marcou o período mais duro do regime militar brasileiro).

O grupo, que incluía algumas dezenas de pessoas de carro ou a pé, com e sem máscaras, vestindo roupas nas cores verde e amarelo e camisas da Seleção Brasileira, muitas carregando cartazes de exaltação ao regime militar, reuniu-se em frente ao Comando da 4ª Região Militar, na Avenida Raja Gabaglia, no bairro Gutierrez, Oeste da capital mineira. 

Os autores do protesto fizeram um buzinaço e gritaram palavras de ordem contrárias ao Congresso, enfocando sobretudo as figuras dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia. 

Bolsonaro

Em Brasília, também à tarde, o próprio presidente parrticipou de manifestação semelhante. Bolsonaro subiu na caçamba de uma pick-up branca e discursou rapidamente para a multidão, sem microfone, sob aplausos e gritos de “mito”.

“Não queremos negociar nada”, afirmou o presidente. “Temos um novo Brasil pela frente. (…) É acreditar, (cada um) fazer a sua parte, para que nós consigamos colocar o Brasil no lugar que ele merece. (…) É agora o povo no poder. (…)", completou. 

Bolsonaro disse ainda que fará "o que for necessário" para manter "a democracia e garantir o que há de mais sagrado entre nós, que é a nossa liberdade".

Após desrespeitar, mais uma vez, recomenações das autoridades de saúde, ao participar ativamente de grandes aglomerações, sem máscara e preocupações com eventual contágio, o presidente também afirmou, referindo-se  a parlamentares, governadores e prefeitos:  "(Eles) têm que entender que estão submissos à vontade de povo“.

E acrescentou: “Todos nós juramos um dia dar a vida pela pátria. Vou fazer o que for possível para mudar o destino do Brasil“, concluiu, em meio a uma ligeira crise de tosse que, segundo ele, é fruto de um problema de refluxo gastroesofágico.

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