Ensinamento em sala de aula é lição para a vida inteira

Renato Fonseca (*) - Hoje em Dia
15/10/2014 às 07:57.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:37
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

A cada lição, ensinamentos que transcendem as paredes da sala de aula e se tornam referência na formação dos futuros adultos. No Dia do Professor, comemorado nesta quarta-feira (15), conheça a história de mestres sempre presentes na memória dos ex-alunos, de docentes que serviram de inspiração para trilhar a mesma carreira acadêmica e de laços de amizade que jamais serão desfeitos.

Aos 43 anos, Daniela Pinheiro Pérez conta que o aprendizado e admiração por uma de suas professoras não fazem parte, apenas, das boas lembranças do passado. Aluna do Instituto Coração de Jesus – hoje Colégio ICJ –, na década de 1980, ela desfez o vínculo com a instituição após formar-se no ensino fundamental. Foi estudar em outra escola, fez a graduação em relações públicas, casou e mudou para o Pará.

Em 2010, porém, voltou a Minas e ajudou a promover um encontro com antigos colegas na sede do ICJ. Lá, se reencontrou com a Tia Lúcia, como é carinhosamente chamada a professora Lúcia Gomes de Paula, de 60 anos. Hoje, as duas não só trabalham no colégio como também são grandes amigas.

“Professora de português, ela foi uma das inspirações para cursar comunicação na faculdade. Era exigente, mas sempre acolhedora”, conta Daniela. “A minha busca é para que o aluno produza por conta própria. Ver os antigos estudantes de 10, 11 anos, hoje adultos formados e felizes, é a minha maior satisfação”, diz Tia Lúcia.

Recém-graduado em matemática, Hallan Jardim, de 24 anos, segue os passos do ex-professor Laurito Alves, de 46.
O mestre foi a principal inspiração para a profissão escolhida. Hallan teve duas matérias com o docente durante a graduação. Em uma delas, ele teve a oportunidade, a convite do professor, de participar de um trabalho acadêmico apresentado em Lima, no Peru. “Com ele, tive um novo olhar para a matemática”, afirmou.

Para Laurito, saber que marcou a vida acadêmica de alguns alunos é um indicativo de que está fazendo um bom serviço. “O papel do educador é transformar vidas”, resumiu o professor do UNI-BH.

Há ainda aqueles que têm mais de uma inspiração, como revela Maria Carolina Caiafa, de 26 anos. Ex-aluna do Colégio Santo Antônio, na 8ª série do ensino fundamental e no 3° ano do médio ela conviveu de perto com o professor de português Sinéder Guimarães. “Uma verdadeira enciclopédia ambulante. As aulas dele não se resumiam aos seus conhecimentos de gramática, ele sempre nos brindava com ensinamentos de cultura e história”.

Outro exemplo fundamental na formação da jornalista Maria Carolina veio do berço familiar, da tia, madrinha e professora Maria Prazeres Fernandes. Aos 4 anos, quando Carol iniciava a alfabetização, a docente foi morar na casa da sobrinha. “Disciplina. Esse foi o maior aprendizado”, conta a jovem que promete seguir, hoje, a mesma tradição dos anos anteriores. “Dar um telefone e desejar felicidades pelo Dia do Professor”.

(*) Com Sara Lira

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