Hábitos alimentares podem agravar ou amenizar efeitos do bruxismo; veja dicas

Vivian Chagas (*)
@vivisccp
08/09/2021 às 09:09.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:50
 (Fernando Michael/Hoje em Dia )

(Fernando Michael/Hoje em Dia )

Quatro em cada dez brasileiros têm bruxismo. Quase sempre associado ao estresse, o hábito de ranger ou pressionar os dentes de forma involuntária cresceu ainda mais durante a pandemia. Não há cura e até mesmo crianças podem ser afetadas. Mas nada de desespero! Mudanças simples, como na alimentação, podem aliviar o estrago.

A primeira medida é descobrir a origem do problema. Crises de ansiedade e pressões no trabalho ou familiares podem desencadear o bruxismo, agravado pelo consumo exagerado de cafeína, tabagismo, roer as unhas e até por medicamentos. Fernando Michael/Hoje em Dia 

ALÍVIO – Incômodos levaram a professora Carolina Santana a procurar ajuda: uso de placa miorrelaxante trouxe de volta o sono mais tranquilo

“Apertar os dentes passa a ser uma válvula de escape para momentos de frustração”, diz o cirurgião dentista e fundador da OdontoCompany, Paulo Zahr. Segundo ele, a incidência é maior entre mulheres, devido ao ápice hormonal.

Além de observar essa “desordem bucal”, é preciso ficar atento a outros sinais, como destaca o especialista em prótese dentária e ortodontia Eliano da Fonseca Reis. Professor do curso de Odontologia das Faculdades Promove, ele diz que os principais sintomas são dores de cabeça, na mandíbula ou tensão na região das têmporas - laterais do crânio. 

Os incômodos levaram a professora Carolina Santana a procurar ajuda. Ela acordava todos os dias com dores na cabeça e pescoço e, após acompanhamento de dentista, precisou recorrer a uma placa miorrelaxante para tratar o distúrbio. “Devolveu minha paz e o sono. Depois que coloquei, no primeiro dia já acordei melhor”.

Mesma alternativa do estudante de Nutrição Rodrigo Cheiricatti, de 21 anos. Desde pequeno, ele acordava com dores de cabeça intensas e percebia que os dentes quebravam ou trincavam facilmente. E acredita que o estresse causado pela rotina corrida tenha causado a condição. 

Além da placa, ele foi atrás de outras opções para amenizar o quadro. “Procuro encontrar atividades que me proporcionam um relaxamento muscular. Isso faz com que a intensidade da doença seja reduzida e me traz uma condição de vida melhor”, conta.

“Apertar os dentes passa a ser uma válvula de escape para momentos de frustração” Paulo Zahr Cirurgião dentista

Qualidade de vida 

Fisioterapia, acupuntura, meditação e terapia ajudam muito. Exercícios físicos também, pois controlam os níveis de estresse.
Outra dica é mudar a alimentação, evitando o excesso de refrigerante e até frutas cítricas. Segundo Eliano Reis, como são ácidos, esses alimentos ajudam no processo de erosão dentária, o que pode agravar a condição.

Outras opções do cardápio contribuem para diminuir ou equilibrar os resíduos ácidos no organismo. “Vegetais frescos, como alface, alho, couve-flor, pepino, cenoura, espinafre, brócolis e batata. Já entre as frutas, as mais indicadas são banana, maçã, pêra, goiaba e mamão”, recomenda o professor.

*Especial para o Hoje em Dia

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