
Francisco Martins Campos, de 9 anos, só pensa em uma coisa: pintar. O gosto pelas artes plásticas foi descoberto durante uma fase difícil da vida: o tratamento contra o câncer. Entre uma sessão e outra de quimioterapia no Hospital do Câncer de Uberlândia (Triângulo Mineiro), ele e outras 450 crianças encontram nas tintas e pincéis ferramentas para espantar qualquer tristeza.
Em vigor desde 2006, o projeto é oferecido pelo grupo Apoio Pedagógico Artístico e Cultural (Apac) do Hospital do Câncer a pacientes e acompanhantes. Além de pintura, inclui oficinas de fotografia, poesia, artesanato, reforço escolar e atendimento domiciliar.
O objetivo é amenizar os efeitos colaterais do tratamento e dar suporte de aprendizagem aos pequenos.
“As atividades oferecidas contribuem para o desenvolvimento global do paciente. Também contribui para o tratamento, fazendo com que se torne menos doloroso e angustiante para as crianças”, explicou o coordenador pedagógico do Apac, Leonardo de Almeida.
Atualmente, o Apac contabiliza uma média de 120 atendimentos por mês.
A técnica em enfermagem Márcia Martins, de 41 anos, diz que com as atividades lúdicas o tratamento do filho Francisco ficou mais fácil.
“As idas ao médico ficaram mais amistosas. A pintura trouxe alegria e uma vontade de lutar pela cura para toda a família”.