Samarco não descarta problemas na estrutura de terceira barragem

Tatiana Moraes e Renato Fonseca - Hoje em Dia
06/11/2015 às 17:26.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:22
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Uma terceira barragem do complexo de Germano, em Mariana, na Região Central do Estado, está em constante vistoria pela equipe da mineiradora Samarco, que não descarta problemas na estrutura.

Antes da tragédia dessa quinta-feira (5), funcionários da mineradora, que atuavam na barragem do Fundão, relataram que, por volta de 14h, haviam percebido tremores. Uma comissão da empresa foi então convocada para avaliar possíveis danos à estrutura da barragem e nada foi constatado. Porém, pouco depois, ela foi abaixo.

"Primeiro se rompeu a barragem de Fundão, que é de rejeitos de minério. Depois, a de Santarém, que é de água. Elas formaram uma onda, que se propagou", explica o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi.

SEM AVISO SONORO

Para avisar à população, foram realizadas ligações telefônicas, ação bastante criticada pela população da cidade. Defesa Civil, prefeituras e líderes comunitários foram acionados. A força da água, no entanto, não deu trégua. Duas barragens se romperam.

A barragem de Fundão, segundo o gerente de projetos da mineradora, Germano Silva Lopes, era preparada para um alteamento. Ou seja, para uma ampliação. O gerente de Projetos descartou que a obra tenha alguma influência no acidente, mas afirmou que estudos técnicos serão realizados para apurar o caso.

Antes do rompimento, a barragem possuía capacidade para 60 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério e havia atingido 55 milhões de metros cúbitos. A barragem de Santarém estava em sua capacidade plena, de sete milhões de metros cúbicos de água.

PRODUÇÃO

Com o acidente, a produção de minério no local foi interrompida. Vescovi disse que não está preocupado em quando a empresa irá retomar a produção. Segundo o diretor-presidente da companhia, o momento é avaliar os prejuízos humanos e não contábeis.

Ele afirmou, ainda, que as duas barragens que vieram abaixo foram vistoriadas pelos órgãos ambientais em julho deste ano. Nenhum problema foi apresentado, segundo o executivo.

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