Samarco quer mais tempo para concluir acordo de reparação de danos após tragédia de Mariana

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
20/04/2018 às 13:06.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:27
 (Eugênio Moraes/ Hoje em Dia)

(Eugênio Moraes/ Hoje em Dia)

A Samarco e suas controladoras - Vale e BHP Billiton - vão pedir mais prazo para concluir acordo de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, ocorrida em Mariana, em Minas Gerais, em 5 de novembro de 2015, tragédia que matou 19 pessoas e destruiu o distrito de Bento Rodrigues. O prazo vence nesta sexta-feira (20).

Se confirmada, essa será a quarta vez que a data do acordo com Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF-MG) é prorrogada. Os prazos anteriores venceriam em 30 de junho de 2017, 30 de outubro e depois 16 de novembro do mesmo ano. A entrega e as alterações anteriores nas datas foram homologadas pela Justiça com a participação das empresas e do MPF.

O acordo precisa ser entregue à 12ª Vara da Justiça Federal, em Belo Horizonte. Entre os pontos está o diagnóstico final de danos sócioeconômicos causados pelo rompimento da represa.

Por causa do acordo, ações movidas contra as empresas pelo MPF, no valor de R$ 155 bilhões, e o acordo fechado pela Advocacia Geral da União (AGU) para criação de um fundo de R$ 20 bilhões para recuperação da Bacia do Rio Doce, poluída pelo rejeito de minério de ferro que vazou da represa, estão suspensos.

A Samarco informou que, ao menos por enquanto, não vai se posicionar sobre a entrega do acordo, posicionamento que, conforme a assessoria, pode mudar ao longo do dia. A empresa disse ainda que um termo aditivo já foi assinado entre as partes, o que prevê a contratação de especialistas, pagos pelas empresas, que trabalham para o MPF no diagnóstico dos impactos da lama de Fundão. A BHP também disse que, no momento, não vai se posicionar. A reportagem aguarda retorno da Vale.
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