Samarco reconhece que barragens estão ameaçadas

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
17/11/2015 às 14:55.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:31
 (Cristiano Machado/Hoje em Dia)

(Cristiano Machado/Hoje em Dia)

As barragens de Germano e Santarém, da Samarco Mineradora, apresentam níveis de segurança abaixo do recomendado, que é de 1,5. A empresa reconheceu a gravidade da situação durante coletiva na tarde desta terça-feira (17).

No caso de Germano, um dos diques, chamado de "Selinha", apresenta grau de segurança de 1,22, devido a uma erosão na parte inferior, provocada pelo esvaziamento de Fundão.

Segundo o engenheiro civil geotécnico da empresa, José Bernardo, o material contido nesse dique ainda não está totalmente seco, embora a barragem seja antiga.

"Encontramos uma rota e estamos levando equipamentos pra lá para construírmos um aterro de blocos de rocha, de baixo para cima, até encostar no pé do dique Selinha, de modo a 'escorar'", explicou José Bernardo.

A previsão é de que os trabalhos na barragem de Germano - tida como prioridade, no momento - durem 45 dias.

Santarém

No caso da barragem de Santarém, que foi parcialmente danificada pelo rompimento da Fundão, o grau de segurança é de 1,37, o equivalente a 37% de segurança frente às adversidades.

Risco

O gerente geral de Projetos Estruturantes da Samarco, Germano Lopes, admite o risco.
"Existe o risco e nós, pra aumentar o fator de segurança, estamos fazendo as ações necessárias", disse Lopes, referindo ao reforço na estrutura.

De acordo com o diretor de Operações e Infraestrutura da mineradora, Kleber Terra, 500 mil metros cúbicos de material serão transportados até as duas barragens para reforçar os sistemas de Germano e Santarém.

"Para fazer uma equivalência, são 50 mil viagens de caminhões de menor porte".

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