Secretário de Saúde adia pico da pandemia e compara ações de enfrentamento em Minas às da Coreia

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
04/05/2020 às 13:43.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:25
 (Imagem de fernando zhiminaicela por Pixabay )

(Imagem de fernando zhiminaicela por Pixabay )

O pico da pandemia de Covid-19 foi adiado mais uma vez em Minas. Agora, a data prevista é 6 de junho. A informação foi dada nesta segunda-feira (4) pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. O responsável pela pasta ainda disse que Minas tem um padrão de eficiência no enfrentamento à Covid-19 comparável ao da Coreia do Sul.

Segundo ele, o adiamento foi possível graças às medidas de isolamento social e uso de máscaras. A data exata, porém, ainda pode variar conforme as medidas de prevenção - se mais pessoas ficarem em casa, o pico é postergado e achatado. Conforme Carlos Amaral, o ideal é que ocorressem diferentes picos nas regiões mineiras.

“Gostaríamos em Minas de acréscimos diferentes em momentos diferentes em cada região. Isso facilitaria estruturação da saúde. Se todo o Estado tivesse pico ao mesmo tempo, isso seria mais complicado", afirma o gestor.

Porém, um importante alerta foi dado. De acordo com o secretário, desde semana passada foi observada maior mobilidade entre as pessoas nas cidades, reduzindo o grau de isolamento social. Amaral reforçou a necessidade de que todos fiquem em casa sempre que possível.

Coreia
Durante a coletiva, o secretário disse que Minas tem um padrão de eficiência no enfrentamento à Covid-19 comparável ao da Coreia do Sul. Até o momento, o país asiático tem pouco mais de 250 mortes e 10,8 mil casos confirmados. Minas tem 90 óbitos e mais de 2,3 mil doentes – além de mais de 89 mil notificações pendentes de resultados.

Porém, a Coreia tem 51 milhões de habitantes, enquanto Minas tem uma população de 20,8 milhões. Além disso, a Coreia investiu pesado na testagem dos moradores, isolando quem testou positivo para a doença. Já o território mineiro tem dedicado os exames a pacientes graves, profissionais da saúde e presos.

“Cerca de 11 mil exames foram realizados em Minas e temos em torno de 3,5% de resultados positivos. Isso nos permite aferir como está o Estado como um todo. Temos 90 óbitos confirmados. Se todos os 86 óbitos em investigação forem confirmados, não passaríamos de 200 óbitos, o que faz com que Minas tenha um padrão de eficiência próximo da Coreia”, disse o secretário.

Amaral explicou também que há mais de 89 mil casos suspeitos para a doença porque os profissionais de saúde são orientados a notificar como caso possível de Covid-19 todo quadro gripal. E há uma relativa demora em se confirmar ou descartar um óbito porque existem protocolos a serem obedecidos, após a notificação.

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