Secretaria de Saúde investiga morte de jovem por febre maculosa em Lavras

Hoje em Dia
15/06/2015 às 14:47.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:29

A Secretaria Municipal de Saúde de Lavras, no Sul de Minas, investiga se Richardson Pereira, de 25 anos, morreu vítima de febre maculosa. O jovem, conforme o órgão, teve contato com o carrapato-estrela, transmissor da doença.   O material do rapaz foi coletado e encaminhado para a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, que irá apontar a causa do óbito. De acordo com a secretaria, Richardson faleceu nesse domingo (14) e foi enterrado no cemitério do município nesta segunda-feira (15).   Ele teria sido contaminado durante uma pescaria realizada no Rio Capivari, em abril deste ano. O local possui capivaras, que hospeda o carrapato-estrela. Dias depois, em 26 de abril, ele foi atendido na Unidade Regional de Pronto-Atendimento (Urpa). Depois de ser atendido e orientado, o homem recebeu alta.   Ele voltou à Urpa nos dias 1º e 5 de maio, quando foi internado com náusea, hiperemia, febre, diarreia e prostração, icterícia e insuficiência respiratória. No dia 8 do mesmo dia, Richardson foi transferido para a Santa Casa com complicações do caso.   A Secretaria de Saúde informou que nos primeiros atendimentos realizados à Urpa, o homem não informou que teve contato com o carrapato-estrela.   Acompanhamento   Além de Richardson, outras pessoas participaram da pescaria. Todas estão sendo acompanhadas, mas até o momento nenhuma apresenta os sintomas de febre-maculosa.   A Secretaria de Saúde disse, ainda, que acionou a Polícia Militar de Meio Ambiente e o setor de veterinária da Universidade Federal de Lavras (UFLA), para fazer a captura e estudo do carrapato-estrela.   A doença   A febre maculosa é uma doença febril aguda causada pela bactéria Rickettisia rickettsii e transmitida por carrapatos infectados. Os vetores são carrapatos da espécie Amblyomma cajennense, conhecidos como carrapato-estrela, carrapato de cavalo ou rodoleiro.    Eles se alimentam de sangue, necessitando de repastos em três hospedeiros para completar seu ciclo de vida. O ser humano é intensamente atacado nas fases de larvas e ninfas. Para que a rickettsia se reative e possa ocorrer a infecção no homem, há necessidade que o carrapato fique aderido ao corpo da pessoa por um período de pelo menos quatro a seis horas. Pode também ocorrer contaminação através de lesões na pele pelo esmagamento do carrapato.   Os aspectos clínicos se caracterizam por febre moderada a alta, que dura geralmente de duas a três semanas, acompanhada de dores de cabeça e pelo corpo, calafrios, congestão das conjuntivas. No terceiro ou quarto dia pode se apresentar exantema maculopapular (manchas vermelhas arredondadas), petéquias (pontos vermelhos) nas extremidades, em torno do punho e tornozelo, de onde se espalham para o tronco, rosto, pescoço, palmas das mãos e plantas dos pés.

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