Segunda etapa do Move entra em funcionamento na Antônio Carlos

Aline Louise - Hoje em Dia
24/05/2014 às 13:36.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:43
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

Apesar do movimento reduzido típico de um final de semana, quem usou, neste sábado (24), pela primeira vez o Sistema Move, a partir da Estação Pampulha, onde novas linhas entraram em operação, enfrentou dificuldades. “Achei horrível! Estou perdida, não sei que ônibus eu pego, estou odiando”, disse a cabeleireira Maria do Carmo Cassimiro, que vinha do bairro Planalto. Além de dificuldades para entender as mudanças, ela ainda reclamou das filas para comprar os bilhetes. “Vou chegar atrasada no serviço por causa da fila pra comprar passagem. Isso no sábado”, destacou.

Para o gesseiro Marcelo Henrique dos Santos, ter que descer na estação para só então pegar uma outra linha para chegar a seu destino, tornou o processo mais lento. “Eu achei que demorou mais que o trajeto que eu fazia antes. Do Centro até qui foi rápido, com o MOVE, mas agora já estou esperando há cerca de meia hora para pegar o outro ônibus até o bairro Piratininga”, contou.

Vários agente da Bhtrans estavam na Estação Pampulha orientando os usuários e distribuindo informativos sobre a segunda fase de operação do Move no Corredor Antônio Carlos. Duas novas linhas troncais (Move) passaram a circular: a 5250, que sai da estação e vai até o bairro Betânia, na região oeste da cidade, passando pelo centro; e a 5401, que sai do bairro São Luiz e vai até o Coração Eucarístico, na região noroeste da capital, passado pela avenida Amazonas, até a Gameleira. Também começaram a circular novas linhas alimentadoras, que saem dos bairros da região da Pampulha e desembarcam na estação. Essas linhas substituíram outras como 2201A, 2201B e 2201C, que antes seguiam direto a seus destinos, sem parar na Estação Pampulha.

Segundo o gerente do Move Artur José Dias de Abreu, o sistema estará inteiramente implantado em julho. Ao todo estarão funcionando plenamente 4 estações: São Gabriel, Pampulha, Venda Nova e Vilarinho, as duas últimas já estão prontas para o Move, mas ainda estão operando apenas o sistema convencional. Ele também avalia que já foram realizadas melhorias no sistema, em relação a semana passada, quando foi implantada a primeira etapa do Move. “Os problemas em relação as catracas, escadas rolantes, quadros de horários, todos foram corrigidos. O teste mesmo será na segunda-feira, mas percebemos que já está mais adequado”, diz.

Contudo, a estação ainda estava com aspecto de inacabada, com bastante poeira, poças de água pelo chão, sem lixeiras e bebedouros. “Em mais 30 dias a estação estará em perfeito funcionamento”, garantiu Artur José. Sobre as filas nas bilheterias, ele disse que a ideia é que os usuários frequentes da estação comprem as passagens com antecedência, para períodos mais longos, evitando assim ter que passar pelas bilheterias todas as vezes que estiver fazendo o percurso. Outra falha apontada por usuários foram desníveis nas estações de transferência, como as que existem ao longo da avenida Antônio Carlos. O gerente do Move diz que elas respeitam o limite de variação dentro do padrão exigido, não oferecendo riscos aos passageiros.

Avaliação

“Pra mim, isso tudo é só enganação”, disse o auxiliar de cantabilidade, Flávio Nascimento Dias, que usava o sistema pela segunda vez. “O slogan da prefeitura era mais conforto, segurança e agilidade. Como ter conforto se os ônibus só andam lotados. Agilidade? O tempo que você espera na estação é enorme. E entregar uma obra assim?”, questionou, descrente de que as coisas vão melhorar.

Já o estudante José Arthur Botelho diz que gostou da novidade, apesar de considerar que ainda são necessárias adequações. “Gostei em parte. Acho que precisa de fazer ajustes, principalmente nas linhas alimentadoras, que demoram muito para chegar nas estações e enchem as linhas do Move”, avalia.

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