
Uso incorreto de máscaras, filas, aglomerações e até irregularidades em algumas lojas, que mesmo proibidas de funcionar, abriram as portas. O segundo dia da retomada gradual do comércio na capital, nesta terça-feira (26), teve movimento menor de consumidores nas ruas – na comparação com segunda-feira (25) –, porém, o desrespeito às regras sanitárias foi maior.
A cidade ficou 66 dias com vários setores do comércio fechados em razão da pandemia de Covid-19. Vale lembrar que esta semana será decisiva para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) definir os próximos passos, ou mesmo recuar, da flexibilização da quarentena. O aumento dos casos de coronavírus será avaliado.
Na lista dos que ainda dependem dos números da doença para reabrir nos próximos dias estão as lojas de roupas e calçados. Os estabelecimentos devem permanecer fechados, mas dois flagrantes feitos pela reportagem do Hoje em Dia mostram o descumprimento do decreto municipal. Em dos locais, o comerciante funcionava com metade da porta abaixada.

Também nesta terça, um shopping popular no Centro da capital não adotou medidas tão rígidas de controle no lado externo. O espaço foi palco de uma grande concentração de pessoas. "Parece até um formigueiro", descreveu um morador que passou pela região. No local havia compradores amontoados na calçada e na rua.
Se dentro dos estabelecimentos a exigência das máscaras é cumprida à risca, do lado de fora o que preocupa é a utilização incorreta do equipamento de proteção. Nas estações de ônibus, alguns passageiros retiram os acessórios e outros deixavam sob o queixo. Usado assim, sem tampar completamente nariz e boca, o item não protege a pessoa.
Flexibilização
Agentes a Guarda Municipal orientando os lojistas foram vistos em alguns estabelecimentos do hipercentro. A ideia é manter os fiscais a postos e ordenar a correção de falhas para que o comércio siga funcionando.
Procurada, a PBH informou que fará um balanço dos primeiros dias de flexibilização e anunciará se novos setores comerciais poderão ser abertos. A previsão é que isso ocorra na sexta-feira (29). Explosões de notificações da Covid-19 poderão levar a metrópole a parar novamente.