Quedas de árvores devido à chuva motivam ação preventiva para o Carnaval de BH

Raul Mariano
rmariano@hojeemdia.com.br
05/02/2018 às 21:06.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:10
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

As quedas de árvores registradas na Grande BH em janeiro deste ano dobraram na comparação com o mesmo período de 2017, saltando de 161 para 324 ocorrências atendidas pelos Bombeiros. Com a persistência das chuvas em Belo Horizonte a menos de uma semana do Carnaval, o risco de acidentes envolvendo blocos de rua vai exigir atenção redobrada.

Uma ação preventiva está sendo desenvolvida pela prefeitura da capital, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil, que deve informar os detalhes hoje. No mês passado, o órgão mapeou 56 árvores com risco de queda na cidade.

O solo encharcado e as raízes expostas por causa das chuvas estão entre os principais motivos para as ocorrências. Quem explica é o tenente do Corpo de Bombeiros Herman Ameno. Ele destaca, ainda, que no caso de plantas com rachaduras, a sustentação pode ficar completamente comprometida após a infiltração de água. 

De acordo com o militar, até mesmo as características construtivas de cada região podem influenciar e aumentar a probabilidade de acidentes. “Os prédios altos direcionam o vento para certos locais onde podem existir espécimes debilitadas, que acabam caindo”, explica. 

Histórico

Neste ano, BH já registrou quedas de árvores nas avenidas Olinto Meireles (Barreiro), Silviano Brandão (Floresta), Andradas (Santa Tereza), José Cândido da Silveira (Cidade Nova) e Contorno (Floresta), além das ruas da Bahia (Centro), João de Paula (Sagrada Família) e Pouso Alto (Serra), conforme informações do Corpo de Bombeiros.

Na avenida Prudente de Morais, no bairro Cidade Jardim, um galho de grande porte caiu sobre uma calçada próximo ao Museu Histórico Abílio Barreto na última semana. Ninguém se feriu, mas o local ficou com o trânsito interditado por várias horas até que os militares conseguissem fazer a poda e a coleta do material.

A Belotur informou que não há blocos cadastrados para desfilar na via durante o Carnaval, já que o local pode registrar novas quedas de árvores e trechos com alagamento em casos de temporais. 

O órgão destacou ainda que trabalha em parceria com a Defesa Civil e mais de 30 instituições para que todos os blocos sejam orientados e direcionados para áreas onde não haja risco para os foliões. 

Orientação

Em janeiro, cerca de sete árvores com risco de queda foram cortadas por dia pelo Corpo de Bombeiros na região metropolitana de BH. Foliões que estiverem na rua e quiserem se esconder, caso comece a chover, devem ficar atentos na hora de escolher o abrigo. A orientação é sempre procurar lugares fechados, como carros, residências ou estabelecimentos comerciais. 

“Ficando embaixo de árvores, a pessoa pode se ferir com a queda de galhos pesados. Isso sem falar no perigo de ser atingida por um raio”, alerta o tenente Ameno.

Neste ano, 480 blocos de rua foram cadastrados pela Belotur para a realização de cerca de 550 cortejos. O Carnaval de Belo Horizonte tem expectativa de público de 3,6 milhões de pessoas.editoria de arte / N/A

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