Sem data para nova composição do metrô começar a circular

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
21/01/2015 às 07:41.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:44
 (Samuel Costa/Hoje em Dia)

(Samuel Costa/Hoje em Dia)

O novo veículo que será integrado ao metrô da capital – que está em fase de testes – não tem data definida para começar a rodar com passageiros. De acordo com previsão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Belo Horizonte, o veículo já estaria em circulação neste janeiro. Faltam dez dias para o fim do mês e o lançamento ainda não foi anunciado pela empresa.

Por meio de nota, a companhia negou que haja qualquer inconformidade e informou que “não há problemas com a especificação técnica das novas composições e que os testes que vêm sendo realizados no novo trem seguem um cronograma previamente elaborado e estão dentro dos prazos estabelecidos”.

O texto também diz que, por se tratar de uma unidade “cabeça de série” (primeiros carros da linha), é preciso mais tempo para a liberação da composição, “bem como a execução de ajustes e adaptações em instalações como estações, oficinas e pátios de estacionamento”.

O novo trem, primeiro de um total de dez adquiridos pela CBTU com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), foi apresentado em novembro do ano passado.

Acabamentos

Desde o fim de 2014, vêm sendo verificados na nova composição aspectos ligados à performance, que servem para aferir o funcionamento de sistemas, como freios, conjuntos pneumáticos, portas, iluminação, informações ao passageiro, comandos operacionais, energias de tração e auxiliar, climatização e sistemas mecânicos, de acordo com a CBTU.

Ao todo, a companhia está investindo R$ 171,9 milhões na compra dos novos trens, que deverão elevar em 50% a capacidade de passageiros transportados, saltando de 230 mil para 340 mil por dia.

Conforme a CBTU, até agosto deste ano, todas as novas composições deverão estar em circulação, seguindo um cronograma: o segundo trem entra em operação em março; o terceiro, em abril; o quarto e o quinto, em maio; o sexto e o sétimo, em junho; o oitavo e o nono, em julho; e, finalmente, o décimo, em agosto. Cada uma terá quatro vagões, a exemplo dos que já circulam em BH e Contagem, na região metropolitana.

Dentre as novidades das novas composições estão o design moderno e o uso de tecnologia sustentável. Foram utilizadas luminárias LED, mais econômicas e duráveis do que as convencionais. Outra mudança é a integração entre os vagões, já que não existem divisões internas entre os novos carros. A identificação das estações será feita por meio de um mapa eletrônico com indicadores luminosos.

Aumento da frota de trens pode reduzir problemas

A chegada das dez novas composições do metrô de Belo Horizonte deverá amenizar os problemas enfrentados rotineiramente pelos milhares de usuários do serviço. Na última segunda-feira, por exemplo, uma pane no sistema de telecomunicação causou atrasos em diversas viagens, no início da manhã. O problema foi detectado por volta das 5h50 e solucionado às 6h30, de acordo com a CBTU.

Atualmente, a frota dispõe de 25 composições. No ano passado, foram transportados 64,4 milhões de passageiros em, aproximadamente, 90 mil viagens. A média mensal chegou a 5,3 milhões de pessoas, segundo balanço da companhia, que também apontou índices de pontualidade de 98% e regularidade das partidas de 99%.

Medidas

Em nota, a CBTU ressaltou que, além do reforço de dez novos trens para este ano, vem experimentando novas soluções para melhorar, continuamente, o atendimento à população.

“Em abril de 2014, foi implantada a circulação com trens acoplados, o que dobra a capacidade de passageiros por viagem nas horas mais carregadas da circulação. A composição dupla (com oito vagões) realiza duas viagens, diariamente, facilitando o embarque dos passageiros nos horários de maior demanda e ampliando a oferta de lugares no metrô”, diz o texto.

Melhorias

Outras medidas que vêm sendo adotadas, paralelamente ao aumento na oferta de lugares, são a instalação de um novo sistema de freios nos trens já em operação e a modernização dos equipamentos, “para oferecer ainda mais disponibilidade de composições e regularidade às viagens”, destaca a CBTU. 

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