Sem pediatra, maternidade recusa novas pacientes

Renato Fonseca - Hoje em Dia
31/05/2013 às 08:36.
Atualizado em 20/11/2021 às 18:43

Referência na assistência integral neonatal e a gestantes, a maternidade Odete Valadares, no bairro Prado, zona Oeste de Belo Horizonte, não está recebendo pacientes com gravidez de alto risco. Todos os leitos do Centro de Terapia Intensiva (CTI) para recém-nascidos estão ocupados e os pediatras da unidade cumprem escala mínima desde a última quinta-feira (30). As grávidas estão sendo cadastradas na Central de Leitos da capital, responsável pela regulação das internações eletivas e de urgência.

O problema deve se estender, no mínimo, até domingo. Os médicos protestam contra a falta de profissionais e a sobrecarga de trabalho. “Não há a menor possibilidade de recebermos mais crianças, pois faltam pediatras para cuidar dos meninos”, disse uma médica, que pediu para não ser identificada.

Na última quinta-feira (30), apenas duas residentes cuidavam dos 16 bebês internados no CTI. Nesta sexta e sábado, a previsão é a de que haja apenas um plantonista no centro de terapia.
Preocupada com a nora que está internada e grávida de oito meses, a costureira Rosilene Aparecida Silva Matos, de 44 anos, estava apreensiva quanto a uma possível transferência da paciente. “As próprias enfermeiras dizem que os casos mais graves serão retirados daqui. Temos que aguardar e torcer para que dê tudo certo”.

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), responsável pela maternidade, confirmou o problema. Segundo a assessoria de imprensa, a unidade de saúde procura profissionais e um processo seletivo está em andamento. A assessoria garantiu, no entanto, que há equipes para atender os recém-nascidos internados e os partos de urgência. O número de transferências realizadas e de grávidas que aguardavam na fila não foi informado.

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