Servidor de Montes Claros é exonerado por suspeita de receber Bolsa Família ilegalmente

Gabriela Sales - Hoje em Dia
21/03/2014 às 15:20.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:46

Um funcionário da Prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas, está sendo investigado por receber de forma ilegal o benefício do programa Bolsa Família, do Governo Federal. A suposta fraude foi descoberta depois que a avó de uma criança cadastrada denunciou o caso ao órgão municipal.   Após quatro recebendo os R$ 32 do programa, a mulher foi até o centro de cadastro municipal reclamar sobre a morosidade do recebimento do benefício. “Quando fomos saber, descobrimos que tinha um homem recebendo o dinheiro”, contou a aposentada Dejanira Neves de Jesus, de 61 anos.     "O dinheiro é pouco para o sustento de muita gente. O dinheiro não é muito, mas faz uma falta danada”, disse a mulher que vive com uma renda média de R$ 650 mensais.   Depois da denúncia, o cadastro foi suspenso pelo município e o pagamento interrompido. A suspeita é de que o funcionário teria atendido a família em um posto do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).  Segundo a Prefeitura de Montes Claros, o servidor também recebia o benefício de mais outras quatro crianças.   Nesta sexta-feira(21), a prefeitura informou que Renato Ferreira Acácio foi exonerado do cargo. Segundo a administração municipal, o ex-servidor teve o contrato encerrado juntamente com outros nove terceirizados e que a dispensa estava prevista no setor.   O ex-funcionário era servidor contratado desde ano passado e prestava serviço na Secretaria de Desenvolvimento Sustentável. Sobre a denúncia de fraude no programa social, a Prefeitura informou que Renato Acácio não tinha acesso ao processo de cadastro do programa Bolsa Família.   Conforme informações da assessoria de imprensa, o caso foi encaminhado para investigação do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal, uma vez que se trata de verbas federais. Ainda de acordo com o órgão, os cadastros foram suspensos e novas inscrições foram realizadas.   A reportagem do Hoje em Dia procurou o servidor acusado de se apropriar do benefício do programa, mas ele não atendeu às ligações.

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