Servidores da PC, instrutores e dono de autoescola são presos em operação contra falsificação

Tabata Martins e Renata Galdino - Hoje em Dia
29/11/2013 às 17:16.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:28
 (André Brant/Hoje em Dia)

(André Brant/Hoje em Dia)

Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), instrutores e dono de autoescola foram presos nesta sexta-feira (29) por envolvimento em esquema de falsificação de documentos. Ao todo, sete pessoas foram detidas e a ação realizada pela Corregedoria da PC.   De acordo com as investigações, o grupo falsificava carteiras de habilitação dos Estados Unidos e vendia cada uma por R$ 3 mil. A escolha pela habilitação norte-americana foi feita devido à facilidade da revalidação do documento no Brasil. Para fazer esse processo, é necessário apenas o exame médico e psicotécnico.   Entre os presos estão dois servidores da PC, um que atuava na área administrativa e outro no serviço de trânsito em Sarzedo, na Grande BH. Os outros cinco são um agenciador, três instrutores e o dono de uma autoescola.   O grupo agia por pelo menos dois anos e não há informações sobre quanto chegou a lucrar com as investigações.   Durante a operação foram apreendidas mais de 80 habilitações americanas falsas, passaportes adulterados, usados para comprovar a estada nos Estados Unidos, e carimbos para autenticar os documentos. A documentação já estava preenchida com os dados e fotos das pessoas que supostamente pretendiam validar as carteiras.

Inquérito aberto há 6 meses

A delegada Águeda Bueno, responsável pelo caso, informou que o inquérito policial foi instaurado há cerca de seis meses. A operação desta sexta-feira teve como alvo as pessoas que operavam o esquema. O dono da autoescola é suspeito de captar clientes e falsificar os documentos. Os valores do serviço iam de R$ 500 e R$ 4 mil.

Um dos indícios da participação do policial civil é o enriquecimento patrimonial incompatível com a renda dele e o uso da senha para inserir os dados das carteiras que seriam validadas. Segundo a delegada, os suspeitos agiam em Belo Horizonte, Contagem, Sarzedo, Ibirité e Igarapé.

Os suspeitos foram presos por meio de mandados de prisão temporária de cinco dias. A Corregedoria estuda pedir a conversão para preventiva. Outros envolvidos estão sendo investigados e podem ser detidos nos próximos dias.   Atualizada às 20h21

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