Servidores da saúde reclamam que tiveram ponto cortado após greve

Pedro Rotterdan - Do Hoje em Dia
30/07/2012 às 16:45.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:57
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

O impasse entre o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde) e a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) fez com que funcionários fizessem uma manifestação nesta segunda-feira (30). De um lado, o sindicato afirma que o Estado descumpriu um acordo ao cortar o ponto de quem participou da greve entre os dias 14 de junho e 12 de julho. Do outro lado, a fundação alega que os trabalhadores é que estão errados, pois teria garantido que os dias descontados seriam pagos após reposição. A paralisação desta segunda não afetou o atendimento aos pacientes dos hospitais geridos pela Fhemig. Com panelas, carro de som e banda, cerca de 80 funcionários de saúde que trabalham em hospitais gerenciados pela Fhemig em Belo Horizonte fizeram uma passeata. Eles começaram o protesto em na avenida Alfredo Balena, bairro Santa Efigênia, região Centro-sul, em frente ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII e terminaram na rua Alameda Álvaro Celso, na porta a sede administrativa da fundação.   O ponto de discórdia está registrado em uma ata da reunião que culminou com o final da greve no dia 13 de julho. O documento tem três itens e a passagem que gerou o problema diz: “Ponto 2: Não punição, abono dos dias parados e a devida reposição das horas a partir da elaboração de escalas em cada unidade da Fhemig". O ponto foi acordado da seguinte forma: "Os dias parados serão pagos mediante reposição, conforme cronograma pactuado entre a direção de cada unidade e o trabalhador”.   Uma funcionária chegou a ter parte do pagamento descontado devido a greve. Ela, que pediu para ter a identidade preservada, recebe R$ 1.379,77 e teve R$ 258,01 descontado do salário. Para o diretor do Sind-Saúde, Renato Barros, o Estado cortou o dia de alguns trabalhadores o que já gerou descontos nas folhas de pagamentos. “Ficou claro que eles não cortariam as horas, a gente receberia normalmente nosso salário e depois o pessoal trabalharia para pagar as horas devidas. A Fhemig descumpriu nosso combinado”.   Já a fundação hospitalar afirma que o sindicato descumpriu o acordo assinado, distorcendo as informações. Em nota, a Fhemig informou que “no documento gerado pelas negociações feitas na Mesa Permanente de Negociação do SUS, realizada no dia 13.07, o Governo de Minas concorda com a não punição e com o abono dos dias parados, desde que os trabalhadores acordem escalas de trabalho com suas chefias: Os dias parados serão pagos mediante reposição, conforme cronograma pactuado entre a direção de cada unidade e o trabalhador”. Ou seja, os dias cortados serão pagos somente após o pagamento dos dias descontados.

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