Após 115 de paralisação, os servidores técnico-administrativos das universidades federais de Minas Gerais, decidiram aceitar a proposta de reajuste do Governo. O acordo foi feito em assembleia na manhã desta sexta-feira (18), porém, a greve continua pelo menos até a semana que vem.
"A base de Minas aceitou, mas a saída da greve tem que ser unificada e quem coloca a data é o comando nacional", explicou a coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino de Minas Gerais (Sindifes-MG), Cristina del Papa.
Segundo ela, na semana que vem as bases estaduais vão se reunir e o comando nacional vai juntar as propostas para entregar ao Governo apenas uma proposta da categoria em todo o País. Esse encontro está marcado para acontecer na quinta-feira (24).
A coordenadora do Sindifes-MG explica que a proposta do governo aceita pelos servidores é de 10,8% de reajuste, parcelado em dois anos, entre 2016 e 2017. Além disso o Executivo aceitou propostas de aprimoramento da carreira. "Nas negociações da categoria também vamos elaborar um seminário nacional para discutir o assédio moral", completou.
Paralisação
A greve dos servidores conta com a adesão de cerca de 70% da categoria, de acordo com Cristina del Papa. Segundo a coordenadora, as atividades estão reduzidas nas Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG), dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), do Instituto Federal Minas Gerais (IFMG) e do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), que fazem parte da base do Sindifes-MG.
A reivindicação inicial da categoria era de 27,3% de recomposição salarial, refente às perdas inflacionárias entre 2011 e 2016. "Entendemos que, pela crise política pela qual o país passa atualmente, não teria como arrancar nada mais do que io proposto pelo Governo. Por isso decidimos aceitar", justificou Cristina.