Sete pessoas serão ouvidas nesta segunda sobre adolescente encontrado morto em Viçosa

Thais Oliveira - Hoje em Dia
16/03/2015 às 12:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:22
 (Facebook/Reprodução)

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Mais sete pessoas deverão ser ouvidas pela Polícia Civil (PC), nesta segunda-feira (16), sobre a morte de Gabriel Oliveira Maciel, de 17 anos. O corpo do adolescente foi encontrado em 9 de março, em um terreno da Universidade Federal de Viçosa, na Zona da Mata. Ele havia desaparecido no último dia 6 após participar de uma calourada da república Qkické.    Segundo a assessoria de imprensa da PC, mais de 15 pessoas já prestaram depoimento sobre o caso. Nesta manhã, duas testemunhas foram ouvidas pelo delegado Felipe Perez, que comanda a investigação. Nesta tarde, cinco pessoas, entre seguranças e organizadores da festa, irão à delegacia para falar sobre a morte do menor.   Relembre o caso   Gabriel Oliveira Maciel, de 17 anos, saiu de casa, em Ponte Nova, na Zona da Mata, para ir a um sítio, em São José do Triunfo, distrito de Viçosa, em 6 de março, onde participaria de uma calourada promovida pela república Qkické. Ele foi visto pela última vez, na madrugada de 7 de março, andando sozinho pela rodovia que liga o distrito de São José Triunfo e Viçosa. Uma suposta namorada do adolescente, de 19 anos, estudante da Universidade Federal de Viçosa (UFV), teria recebido uma mensagem de voz do jovem por volta das 6 horas de sábado. Na mensagem, Gabriel diz “dá para a gente ir de carro” e outro homem responde “boto fé”.   Desde então, ninguém teve notícias do adolescente. O corpo só foi localizado na tarde de 9 de março, em uma vala, em uma região conhecida como Fundão, em uma área da UFV. O cadáver estava nu e em estado de decomposição.    Em nota, a UFV lamentou a violência contra Gabriel. Segundo a instituição, o corpo dele foi encontrado nas proximidades da BR-120, a cerca de cinco quilômetros do campus Viçosa. A universidade alegou que o local é uma área experimental, onde são realizadas atividades somente durante o dia. “Em função disso, a vigilância atua por meio de ronda, não permanecendo ali 24 horas”, disse.    “A festa aconteceu fora da universidade, em uma propriedade particular. Qualquer fato ocorrido durante esses eventos, que não são realizados no campus universitário, é de responsabilidade de seus organizadores”, afirmou, em nota. A UFV ressaltou ainda que Gabriel não era aluno da instituição.    Conforme consta no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar (PM), o Conselho Tutelar esteve na casa da suposta namorada da vítima. Para o órgão, ela teria dito que Gabriel fez uso de bebidas alcoólicas e de drogas. Ela disse ainda que saiu da festa na companhia de amigas e que perdeu totalmente o contato com Gabriel posteriormente. Entretanto, no dia 10 de março, em depoimento prestado à Polícia Civil, a garota mudou a versão e disse que Gabriel não usou drogas e ingeriu pouca bebida alcoólica.   Segundo um dos membros da república Qkické, Lucas Marilton, somente maiores de 18 anos tiveram permissão para participar da festa. “Provavelmente, ele usou documento falso para entrar, porque tínhamos seguranças na portaria do sítio, além de duas viaturas da PM monitorando a festa”, afirmou.    Em conversa com a PM, a suposta namorada de Gabriel, confirmou que ele usou uma identidade falsificada em nome de outro rapaz. Segundo os militares, em contato com esse homem, ele relatou que perdeu a identidade e não sabia que a mesma estava com o adolescente.   A causa da morte de Gabriel, porém, ainda é desconhecida. A PC apenas disse que, por causa do estado de putrefação do cadáver, não foi possível identificar o tipo de lesão sofrida pelo adolescente e que apenas o laudo da necropsia poderá apontar como ocorreu a morte. 

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