Simples fisioterapia alivia ardência bucal

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
25/03/2013 às 07:37.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:13
 (Toninho Almada)

(Toninho Almada)

Uma espécie de fisioterapia bem simples e realizada pelo próprio paciente é a aposta de pesquisadores da UFMG para dar fim aos incômodos sintomas da síndrome da ardência bucal. A doença é caracterizada por uma sensação muito peculiar de ardor e queimação na língua, semelhante à deixada por alimentos apimentados.

O tratamento, testado com sucesso em 30 pacientes, ainda precisa ser comparado a outras terapias para que tenha eficácia comprovada e aplicação aprovada.
 
Os efeitos positivos, no entanto, vêm sendo atestados por grande parte dos pacientes pesquisados, segundo o odontologista Fabrício Tinôco Alvim de Souza, um dos responsáveis pela pesquisa da universidade.
 
Salivação
 
É o caso de uma professora aposentada que identificou-se apenas como Edna. Para ela, a terapia bucal, que consiste na mastigação de uma borracha de silicone para estimular a salivação, foi o fim “quase definitivo” dos constantes desconfortos provocados pela doença.
 
“Há seis anos vinha sofrendo com a sensação de queimação e dor, tanto da boca quanto dos lábios e bochechas. Procurei diversos especialistas, como psiquiatras, endocrinologistas e até dermatologistas, mas nunca tive retorno satisfatório. Com a fisioterapia, fico semanas sem sentir nada”, conta Edna, de 66 anos e residente em Itabirito, região Central do Estado.
 
As causas da síndrome, que acomete geralmente mulheres na pós-menopausa e incide sobre menos de 5% da população, ainda não são claras. “Os sinais clínicos são bastante específicos, mas como não há nenhum sintoma tópico na boca, o diagnóstico acaba sendo feito por exclusão de outras doenças e após uma avaliação detalhada pelo dentista”, explica Tinôco.
 
Transtornos
 
Professora-adjunta do Departamento de Clínica, Patologia e Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFMG, Tarcília Aparecida Silva afirma que a doença tem relação com transtornos psiquiátricos.

“Os pacientes têm quadro de depressão, ansiedade ou estresse, mas é importante, antes de introduzir qualquer tipo de medicamento, avaliar o quadro clínico”, diz Tarcília.
 
Leia mais na http://hojeemdiardp2.digitalpages.com.br/html/shelf/93

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por