Sinalização escondida em BH aumenta riscos de acidentes

Hoje em Dia
10/09/2014 às 08:08.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:08
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Placas de trânsito quebradas, escondidas ou apagadas em Belo Horizonte deixam motoristas perdidos e aumentam o risco de acidentes, como o que ocorreu no domingo no cruzamento das ruas Nadir e Anhangaí, no bairro Caiçara, na região Noroeste, onde uma mulher morreu após o carro em que estava ser atingido por um ônibus da linha 4107 (Alto Caiçara-Serra).

A placa de pare no local estava escondida por uma árvore e não havia sinalização no chão. Sandra Lourdes Silva,de 55 anos, que estava no banco do passageiro, sofreu ferimentos graves, tendo morrido à espera de uma ambulância, que teria chegado 40 minutos após o acidente. O motorista do coletivo alegou não ter o costume de fazer a rota e que não viu a sinalização.

Moradora do local há 15 anos, a aposentada Cláudia Faria Quintanilha, de 60 anos, contou que acidentes são frequentes no local e que é necessário uma intervenção rápida da prefeitura. “Foi necessário uma pessoa morrer para se discutir o problema”, afirmou. Após o acidente, BHTrans colocou um cavalete com um sinal de pare na esquina.

Problemas parecidos são facilmente encontrados em BH. No cruzamento das avenidas Alvares Cabral com Afonso Pena, o semáforo está encoberto por uma árvore. O motorista só consegue enxergar o equipamento quando está praticamente sob ele.


Afonso Pena

Já na avenida Afono Pena, em frente ao número 3.500, no bairro Cruzeiro, na zona Sul, uma placa indicativa está coberta por outra árvore. O mesmo ocorre na BR-356, após a curva do Ponteio, no bairro Belvedere, para quem segue sentido BR-040.

Falhas na sinalização como a falta da pintura na divisão das faixas de rolamento ou até nas travessias de pedestre também estão espalhadas pela cidade, como na avenida Brasil, próximo ao cruzamento com avenida Afonso Pena, ou na esquina das ruas dos Tamoios com Bahia.

O taxista Claudinei dos Santos, de 30 anos, disse que a falta da sinalização horizontal prejudica o trânsito. “Muitas vezes, os motoristas acabam ocupando o espaço de duas faixas e não se posicionam bem”, afirmou.

Para o professor do Departamento de Engenharia de Trânsito e Transporte da Fumec, Márcio Aguiar, a boa manutenção da sinalização e sua visibilidade são imprescindíveis para a fluidez do tráfego. “Sem ela, não há como conduzir bem. Há um comprometimento. O motorista pode usar até isso como argumento caso seja multado”, explicou.
 
 
Monitoramento preventivo
 
Em nota, a BHTrans informou que faz o monitoramento e a manutenção das sinalizações vertical e horizontal. Quando há necessidade, a prefeitura realiza a poda preventiva . Quanto às faixas de pedestre, a autarquia informou que a manutenção segue uma programação definida de acordo com as prioridades de circulação.

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