Sindicato das escolas espera inclusão da rede particular no programa Minas Consciente

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
25/08/2020 às 20:07.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:22
 (Pixabay)

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O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) informou nesta terça-feira (25) que o Comitê Executivo de Combate à Covid-19 do Estado estuda uma maneira de inserir as escolas dentro do planejamento do programa Minas Consciente, que estabelece fases e protocolos para a retomada das ativiades. 

O sindicato, que participou de uma reunião com membros do comitê, na tarde desta terça, infromou, porém, que não foi informado em qual das três ondas definidas pelo Minas Consciente as escolas seriam inseridas. Atualmente, o programa considera o setor educacional como setor especial, ou seja, que exige especificidade própria, e por isso não está inserido nas ondas vermelha (atividades essenciais), amarela (atividades de baixo risco) e verde (atividades não essenciais com alto risco de contágio). O programa orienta a flexibilização das cidades mineiras conforme os dados da epidemia e de ocupação de leitos em cada região do Estado.

De acordo com o governo de Minas, estão sendo avaliados “os meios mais seguros para retomada das atividades presenciais nas instituições de ensino, considerando critérios técnicos e científicos”. Um protocolo para o retorno às aulas presenciais vem sendo elaborado pela Secretaria de Estado de Educação (SEE) e será apresentado em breve. Questinado, o governo não confirmou a intenção de inserir as escolas nas ondas do Minas Consciente.

Segurança

De acordo com o Sinep, a presidente do sindicato, Zuleica Reis, relatou preocupação com o surgimento de escolas clandestinas para atender crianças da primeira infância, filhos de pais que estão trabalhando de maneira presencial. Para a entidade, os “hotéis” para crianças colocam a segurança e saúde dos pequenos em risco, pois não seguem as regras do setor.

O sindicato pediu uma previsão para o retorno das aulas, para que as escolas e as famílias possam se planejar. “Como dito em todos os nossos comunicados enviados para as autoridades, poder público, diretores, professores, famílias e estudantes, o Sinep-MG não pretende antecipar ou pressionar o retorno das aulas presenciais, pois entendemos que essa decisão será definida pelos órgãos oficiais a partir dos dados que possuem da evolução da curva de crescimento e/ou de achatamento da Covid-19”, afirmou a entidade por nota.

Belo Horizonte

Na última quinta-feira (20), a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou que as aulas poderão ser retomadas quando a cidade registrar de um a cinco casos de Covid-19 por cem mil habitantes. Hoje a proporção é de 25 casos a cada 100 mil moradores.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), uma equipe pedagógica está construindo uma proposta de cadastro/matrícula diferenciados para os anos escolares 2020/2021, a fim de estabelecer diálogo e entendimento entre redes para criar as regras de transição dos alunos do 9º ano e dos que estão terminando o período em escolas que atendem apenas os anos iniciais.

“A proposta é assegurar a continuidade de estudos dos egressos da educação infantil e dos outros níveis através de um processo de matrícula simplificado. O governo Federal já orientou que os conteúdos de um ano sejam contemplados no ano seguinte. Isso será necessário para todas as redes, inclusive aquelas que não atingiram 100% dos alunos com o ensino remoto”, afirmou a secretaria.

 Confira a nota da íntegra do governo do Estado:

O Comitê Executivo Covid-19 recebeu representantes do Sindicato das Escolas particulares, nesta terça-feira (25/8), para discutir propostas e demandas da educação, diante da pandemia que atinge o estado.

Ressaltamos que o Governo de Minas está avaliando os meios mais seguros para retomada das atividades presenciais nas instituições de ensino, considerando critérios técnicos e científicos.

Informamos ainda que a Secretaria de Estado de Educação (SEE) está elaborando um protocolo para o retorno às aulas presenciais, em consonância com as orientações da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O material será finalizado, após amplas discussões e estudos realizados pela secretaria com entidades educativas e será apresentado em breve.

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