Situação da avenida Vilarinho piorou em dois meses

Letícia Alves - Hoje em Dia
07/02/2015 às 07:51.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:56
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

As fortes chuvas dos últimos dias agravaram a situação da pista exclusiva do Move na avenida Vilarinho, em Venda Nova. Em dezembro do ano passado, a reportagem do Hoje em Dia já havia mostrado o corredor esburacado. Menos de dois meses depois, os estragos são ainda maiores e obrigam até mesmo os condutores dos coletivos a desviarem para a faixa da direita.
Em 2014, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) chegou a afirmar que não havia previsão de incluir a via nas obras de recapeamento neste ano. No entanto, na última sexta-feira (6), o órgão informou que, no fim de dezembro, foi iniciada a recuperação da pista exclusiva no trecho entre a rua Domingos Grosso e a avenida Baleares, no bairro Jardim Europa. A reportagem, porém, foi ao local e verificou vários buracos e nenhuma intervenção. Segundo a Sudecap, as obras foram interrompidas por causa das chuvas.
Os danos vão desde o número 1.900 ao 3.197, nos dois sentidos. Em alguns pontos, como em frente ao número 2.720, os buracos passam de dois metros de comprimento e mais de um metro de largura. Segundo o empresário José Rodrigues, de 54 anos, as crateras causam acidentes toda semana. “O Move desvia para a outra pista e pega os carros de surpresa. na última sexta-feira (6), um veículo Fiat Uno bateu em um poste aqui e arrebentou todo”, contou.
O balconista José Carlos de Paula, de 66 anos, lembra que a via já recebeu pelo menos seis operações tapa-buracos. “Eles tapam, mas em menos de uma semana está tudo esburacado. Já até jogaram entulho. Não era assim antes do Move começar a circular. Tinha buraco, mas demorava mais a aparecer”, disse.
Prejuízos
Empresário do ramo de pneus, Lamir Hilário de Queiroz afirma que passou da hora da prefeitura resolver a situação da via. Todos os dias, ele recebe clientes que tiveram os pneus furados e rodas amassadas ao trafegarem pela pista esburacada. “O pessoal está estragando muito os carros. Toda semana tem acidente. A situação realmente está muito crítica”, ponderou.
A Sudecap informou que o recapeamento dos dois sentidos dos 2,1 quilômetros da avenida custará mais de R$ 4 milhões. O prazo para o término das intervenções no trecho contemplado é de três meses. Ainda de acordo com o órgão, está em análise a recuperação do trecho da avenida Baleares até a rua João Ferreira da Silva. Por enquanto, as vias contam apenas com a operação tapa-buraco feita pela regional.   Estação parada
Devido ao recapeamento da Vilarinho, a estação de transferência do Move Quadras do Vilarinho, sentido bairro, está fechada.
Mesmo com a interrupção das obras de melhorias da via por causa das chuvas, o terminal continua inoperante. Dessa forma, muitos passageiros precisam caminhar até a próxima plataforma – a UPA Venda Nova ou Minas Caixa – para embarcar no coletivo.
Condutores reclamam de trânsito caótico na orla da Pampulha devido a obras e desvios
Com as alterações no trânsito em função das obras de requalificação na Pampulha, ruas e avenidas da região apresentam trânsito complicado diariamente. Desde o último dia 27, parte da avenida Otacílio Negrão de Lima, próximo à Igrejinha da Pampulha, está interditada, provocando engarrafamentos em vias utilizadas como desvio.
A avenida Dom Orione é uma das mais afetadas pela mudança no trânsito. O Hoje em Dia flagrou até motorista do Move invadindo a contramão para escapar das filas que se formam. Segundo a BHTrans, se houver a presença de um fiscal, caminhões e coletivos podem ser autorizados a trafegar 50 metros na contramão da via para facilitar o raio de giro.
Porém, não foi essa a situação constatada pela reportagem no período em que o motorista da linha 5106 fez o trajeto no sentido contrário.
Por causa do transtorno, o corretor de imóveis João Roberto evita transitar pelo local. “Está muito ruim passar por aqui. Tento desviar, mas tem hora que não existe opção”. Já o motorista Nemuel de Paula Costa reclama da época escolhida para início das obras. “Tivessem feito antes. Agora, o trânsito é mais complicado. Está caótico”, afirmou.
A Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) reforçou em nota que em março do ano passado foram iniciadas as obras para requalifica-ção da orla. Ainda segundo o órgão, estão em andamento apenas intervenções nas praças Dino Barbieri e do Vertedouro.
A previsão é a de que as obras sejam finalizadas no primeiro semestre 2015.

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