Situação das árvores de Belo Horizonte só será conhecida no ano que vem

Danilo Emerich - Hoje em Dia
21/01/2015 às 09:21.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:44
 (Wesley Rodrigues)

(Wesley Rodrigues)

Iniciado há mais de três anos, o Inventário das Árvores de Belo Horizonte deverá ser adiado pela terceira vez e ficar ainda mais caro. A previsão inicial da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) era concluir o estudo no fim de 2012. Porém, devido a problemas, o prazo foi alterado para dezembro deste ano.

Mesmo com esse adiamento, a assessoria de imprensa da SMMA informou que a meta não deverá ser alcançada. O atual contrato prevê o inventário de 300 mil árvores, sendo que a atual estimativa é que BH tenha uma flora de 465 mil espécimes. Com essa alteração, além de o estudo demorar mais, há a necessidade de um novo contrato e o valor para o levantamento, que já passou de R$ 3,4 milhões para R$ 5,4 milhões, poderá ser novamente elevado.

Para Júlio de Marco, gerente de Projetos Especiais da pasta, essa fase do trabalho deverá ser concluída somente no fim de janeiro de 2016. “Até agora, foram finalizadas as coletas de dados nas regionais Leste, Noroeste, Oeste e Centro-Sul. Atualmente, a pesquisa passa pela Pampulha”, destaca.

Problema

Um dos principais objetivos do levantamento é identificar árvores doentes, atacadas por pragas ou com risco de queda. Esse tipo de reconhecimento é feito após a catalogação dos espécimes. No entanto, mesmo nas regionais em que o estudo está pronto, não é possível acessar os dados já que alterações na plataforma do sistema usado impedem a disponibilização das informações. O software atualmente passa por uma reestruturação.

“Somente após o fim das coletas de dados em toda a capital é que se poderá fazer a implantação dos resultados já consolidados”, afirmou de Marco.

Ontem, uma árvore de grande porte, que já tinha sido catalogada, caiu e interditou a rua da Bahia, entre a rua Guaicurus e a avenida Santos Dumont, no Centro de BH. Apesar do bom estado externo, o tronco estava infestado de cupins.

Ameaça

A identificação de árvores com risco de queda depende de muitos aspectos, aponta Júlio de Marco. “Quando se trata de um problema visível, providências são logo tomadas. Mas, no caso de árvores que foram podadas indevidamente ou sofreram com uma colisão de veículo, por exemplo, não há como detectar a possibilidade de queda previamente”, explica o gerente.

Coleta de dados

O estudo é feito em parceria da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e a Cemig. São apuradas 57 informações de cada árvore, como espécie e localização, presença de fios elétricos, inclinação, entre outros itens. Também identifica o estado de saúde da planta, podendo alertar e evitar quedas.

A partir do inventário, os técnicos das regionais terão acesso às informações coletadas nas regiões da capital.
Com os dados, os técnicos poderão acompanhar a situação de saúde das árvores, avaliar risco de quedas e pragas, além de fazer o controle e manejo da flora em cada bairro. Algumas informações deverão ser refeitas na região Leste, onde o estudo terminou em abril de 2012.

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