Situação do casal homossexual que quer adotar menino deficiente ganha repercussão

Gabi Santos - Do Hoje em Dia
19/10/2012 às 19:07.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:23
 (Carlos Rhienck)

(Carlos Rhienck)

A publicação de ampla reportagem sobre o andamento de um processo no qual um casal homossexual que mora no aglomerado da Pedreira Prado Lopes pretende adotar, legalmente, uma criança deficiente, atualmente com seis anos, alcançou repercussão internacional.

O trabalho jornalístico foi publicado pela edição eletrônica do HOJE EM DIA, no dia 12 deste mês, Dia das Crianças, e chamou a atenção de Ben Hur Ranieri, brasileiro radicado em Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde trabalha em uma empresa multinacional.

Ele se mostrou disposto a ajudar o casal homossexual William Ferreira Neri e Wellington Carvalho da Silva, responsáveis pela criação de José Diogo dos Santos Rosa, que não anda, não fala, e sofre de paralisia cerebral parcial. O funcionário da empresa internacional, com sede nos Estados Unidos, fez o primeiro contato telefônico com o casal na tarde da última terça-feira (16).

Ele se disse comovido pela reportagem. "Li a reportagem eletrônica do HOJE EM DIA em casa, depois que cheguei do trabalho, e fiquei comovido com a história do José Diogo, o menino que é excepcional e é criado pelo casal homossexual", disse Ben Hur Ranieri.

"O que me comoveu mais foi saber que o casal que cuida da criança enfrenta todo tipo de dificuldade para cuidar de um menino que também enfrenta uma vida muito dificil. Por isto, achei que não poderia ficar parado e decidi ligar para a advogada que participou da reportagem, Maria Cristina Pellegrino. Através dela disse que queria fazer alguma coisa."

"De imediato o que decidi fazer foi doar fraldas que fazem muita falta e, pelo que li, o menino usa muito durante todo mês. As outras contribuições vou decidir depois de falar com meus familiares que moram aí, no Brasil. Espero contribuir para que esse casal possa continuar com esse gesto lindo e estou torcendo para que a Justiça tenha uma decisão favorável para eles continuarem cuidando do menino".

Geraldo Henrique da Silva, presidente da Associação de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, com sede em Juiz de Fora, na Zona da Mata, foi outro que se sensibilizou com o noticiário e disse que "decidiu ajudar de alguma forma, depois de ler a reportagem.

Ele fez apelos, em nome da entidade, para a Secretaria de Estado da Saúde e para a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, relatando as dificuldades enfrentadas pelo casal para cuidar da criança e solicitando ações oficiais em benefício de José Diogo dos Santos Rosa.

O presidente da associação informou que a Secretaria de Estado da Saúde assegurou a formação de uma equipe técnica que já entrou em contato com o casal para fazer levantamentos sobre as condições físicas e as necessidades da criança. A Secretaria Nacional de Direitos Humanos não deu nenhum retorno aos apelos feitos pela associação.

 

 

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