A Polícia Civil de Alfenas, no Sul de Minas, analisa um vídeo que circula nas redes sociais em que um rapaz confessa ter matado uma adolescente de 14 anos. Nas imagens, o suspeito está amarrado em um pé de café e é torturado por homens que dizem ser membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).
"Qual a sensação que você tem de saber que eu vou arrancar a sua cabeça", indaga um homem que participa da tortura. Sob fortes ameaças, o rapaz torturado conta que mantinha relacionamento com a vítima há nove meses e justifica o crime: "Tava muito chapado... Fiz merda na vida mesmo. Se tivesse são não tinha feito isso (sic)".
O delegado Márcio Cavalcante, responsável pelo caso, informou que o rapaz torturado é o principal suspeito do assassinato da adolescente. Contudo, a confissão dele foi descartada pois além de ter sido feita sob tortura, não foi tomada por órgãos oficiais.
O investigador acredita, ainda, que as imagens foram feitas por uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas da cidade. Ele destacou que não há confirmação se a vítima tinha envolvimento com o tráfico.
Depoimento
O homem que aparece sendo tortura iria prestar depoimento sobre o crime na manhã desta segunda-feira (15). Porém, ele não compareceu à delegacia da cidade. O irmão do suspeito disse que viu o parente após a divulgação do vídeo. Por isso, a polícia não acredita que o suspeito tenha sido assassinado. O rapaz está sendo buscado na região. A família da vítima ainda não foi ouvida. A motivação do crime é desconhecida.
Crime
A adolescente de 14 anos foi encontrada morta na manhã de domingo (14) na estrada municipal do Pântano, altura do bairro Jardim São Paulo, em Alfenas. Ela estava sem as roupas íntimas e com o vestido levantado até a altura do abdômen.
A Polícia Militar chegou até o corpo após denúncia anônima, que informou sobre o cadáver. A pessoa que acionou a corporação disse que viu o casal na estrda, na noite de sábado. Eles estavam em uma moto vermelha. Na manhã do dia seguinte, a adolescente estava caída na estrada e já sem os sinais vitais. O celular dela estava ao lado do corpo e o aparelho foi recolhido para ser periciado.