Subiu para onze o número de mortos por H1N1 em Minas Gerais, de acordo com boletim publicado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, nesta segunda-feira (9). O dado foi repassado depois que a secretaria foi notificado da morte de outras três pessoas que haviam sido diagnosticadas com gripe suína. O número de mortos por gripe suína já é maior do que foi registrado no ano passado, quando oito pessoas morreram da doença. Um homem de 59 anos, que estava internado em Passos, no Sul de Minas, seria uma das vítimas. O paciente estava internado desde o dia 11 de junho no Hospital de Passos, no dia 18 o estado de saúde dele agravou e ele morreu.
No último fim de semana o resultado do exame dele saiu e confirmou que o que causou a morte foi a gripe suína. Também no Sul de Minas, uma mulher, de 55 anos, que tinha suspeita de estar com a doença, morreu em Cabo Verde. Os exames que confirmariam que a causa da morte dela foi a doença ainda não ficaram prontos. Em Cachoeira de Minas, na mesma região, uma jovem, de 16 anos, morreu, no início de julho, com suspeita de ter sido infectada com o H1N1. Uma jovem de 15 anos morreu em Pouso Alegre, também no Sul do Estado, com a doença. Ela era natural de São Gonçalo do Sapucaí.
De acordo com o boletim publicado pela Secretaria de Estado de Saúde foram registrados 33 casos de H1N1 e 11 mortes. Outros 46 casos estão sendo investigados em todo o Estado, segundo a SES. Em 2011, oito pessoas morreram da doença. As cidades onde foram registradas as mortes no primeiro semestre de 2012 em Minas Gerais foram Cachoeira de Minas (1), Coromandel (1), Minas Novas (1), Passos (1), Patos de Minas (1), Pedrinópolis (2), Santa Vitória (1), São Gonçalo do Sapucaí (1) e Uberlândia (2).
Pouso Alegre
Ainda segundo a SES, a cidade de Pouso Alegre, no Sul de Minas, era a que apresentava um maior numero de notificações. Isso porque o Hospital Samuel Libano, que é uma unidade de sentinela de vigilância de casos de síndrome gripal (gripe comum, sem evolução da Síndrome Respiratória Aguda Grave - SRAV), estava computando os casos da gripe comum, que não eram de H1N1. Entretanto, o Ministério da Saúde (MS), orientou as Secretarias Estaduais a computarem apenas os casos de H1N1. Por esse motivo, os dados que anteriormente havia sido repassado pela Secretaria de 38 caíram para 33. No município de Pouso Alegre houve 4 casos de H1N1. Os outros 4 casos foram de síndrome gripal.
Brasil
O Brasil registrou desde o início do ano ao menos 120 mortes em decorrência da gripe suína, segundo levantamento feito pela reportagem em todo o País. O número é pelo menos quatro vezes maior do que o registrado em 2011 - quando o país teve 27 mortes -, mas ainda assim o quadro não é classificado como surto, de acordo com o Ministério da Saúde. Oficialmente, o ministério contabilizou até 28 de junho 790 casos e 85 mortes - o governo atribui a defasagem à demora dos Estados em enviar os dados, que são atualizados semanalmente.
Conforme a pasta, a medida foi preventiva e teve o objetivo de evitar que ocorra o desabastecimento do medicamento oseltamivir, vendido comercialmente com o nome de Tamiflu. Também foi autorizado o encaminhamento para os Estados de mais de 1 milhão de doses extras da vacina, que serão direcionadas aos doentes crônicos.
Medidas preventivas
O vírus é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou do espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. No entanto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a principal forma de transmissão não é pelo ar, mas sim pelo contato com superfícies contaminadas. Ter cuidados com a higiene, como lavar bem e com frequência as mãos com água e sabão, evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar podem reduzir os casos de transmissão.
(*) Com informações da Agência Estado