(Frederico Haikal)
Natal e solidariedade é uma mistura que combina, e muito. As festas de fim de ano estão chegando e, com elas, o espírito colaborativo de mineiros que se mobilizam com o único propósito de levar alegria a pessoas carentes. Nesta época, é comum empresas, instituições e gente comum promoverem campanhas de arrecadação de brinquedos, móveis, roupas e alimentos para os menos favorecidos. São iniciativas como a de Mario de Assis que garantem um Natal mais feliz para centenas de belo-horizontinos que almoçam no dia 25 no Restaurante Popular I, na capital. Roupa vermelha, barba branca postiça, gorro, cinto e botas pretas já estão preparados. Todos os anos, o presidente da Federação das Associações de Pais e Alunos das Escolas Públicas de Minas Gerais se transforma no “Bom Velhinho” e distribui presentes para quem tem como única opção de ceia as refeições no local. “Ano após ano essa ação, que já tem 17 anos, tem crescido e sido reconhecida. Isso porque envolve pessoas, calor humano, a busca por Jesus, a partilha e, especialmente, a esperança de um Natal de paz”, afirma. “Muita gente prega o nascimento e o retorno de Jesus, mas não deve ser bom cristão somente na crença, na religião ou na igreja, mas nas atitudes. Estou certo de que Ele estará entre nós no restaurante popular”. Assis confessa se sentir uma espécie de “super-herói”. “Durante todo o ano eu me sinto pai, mas, no Natal, é como se eu fosse ‘dono’ das crianças. Algumas me entregaram drogas e até armas brancas depois de receber o presente. Eu aprendo muito”. A tecnologia não ficou de fora das mobilizações. As redes sociais se transformaram em instrumentos para a arrecadação de donativos. Desde 2005, o assistente social Rodrigo Júnior de Almeida, de 31 anos, faz ações dessa natureza. “Usei a internet para incentivar amigos, parentes e colegas de faculdade a fazer o bem. Quanto maior o número de apoiadores, mais crianças serão presenteadas”. Inspirado pelo lema que adotou – “Seja a mudança que você quer no mundo – Natal Solidário 2012” –, Rodrigo fez camisetas e vendeu cada uma por R$19,90. O dinheiro arrecadado foi usado para comprar brinquedos e lanches que serão distribuídos para crianças em situação de vulnerabilidade social em abrigos e creches. “O objetivo é presentear, no mínimo, 180 meninos e meninas. Tento passar esse valor para as pessoas próximas e mostrar o quanto isso faz bem para nós mesmos”, diz o assistente social. Leia mais na http://177.71.188.173/clientes/hojeemdia/assinantes/index.php