Sonho do intercâmbio sobrevive à alta do dólar

Raquel Ramos- Hoje em Dia
15/09/2015 às 06:45.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:45
 (Ricardo Bastos)

(Ricardo Bastos)

Investir em um intercâmbio pode não parecer boa ideia em tempos de crise. Ledo engano. A desvalorização do real é problema fácil de ser contornado sem, necessariamente, adiar o sonho de morar fora do país para aprender um idioma e ter crescimento profissional. Basta escolher o destino certo ou encurtar o tempo da viagem.


Agora, Canadá, Austrália e Nova Zelândia se mostram como opções mais atrativas aos brasileiros, segundo o diretor da IE Intercâmbio, Marcelo Melo. “Com o dólar nas alturas, as pessoas começaram a olhar de forma diferente para esses lugares”. Além da vantagem da moeda, manter-se nesses locais pode ser até 50% mais em conta.


Em 2014, o Canadá já havia superado os Estados Unidos em número de estudantes do Brasil. Só no ano passado, mais de 40 mil fizeram as malas para estudar no país, de acordo com o gerente de desenvolvimento de negócios do governo canadense, Franz Branderberger. “Viver lá é mais barato, inclusive, do que na Austrália ou Reino Unido”, garante.


Economia


Foi colocando as despesas na ponta do lápis que Janine Almeida, de 26 anos, elegeu a Irlanda como o país onde moraria por um ano para aprender inglês. “Fiz vários orçamentos, dando preferência aos locais onde era possível estudar e trabalhar ao mesmo tempo”.


Hoje, de volta à terra natal, tem certeza de que a escolha foi certeira. Além de aprender a língua, viajou para nações vizinhas, descobriu culturas diferentes e cresceu pessoal e profissionalmente.


Benefícios que, segundo a diretora da Eduexpo, Daniela Rochetti, todos os intercambistas experimentam. “Quem é obrigado a se virar sozinho em um país distante passa a enxergar o mundo de outra maneira, amadurece, torna-se mais flexível. Poucas experiências proporcionam tanto crescimento tão grande”.


Futuro


No mercado de trabalho, essa bagagem também é valorizada. Como o inglês já é item obrigatório em muitas empresas, o diretor da IE Intercâmbio, Marcelo Melo, percebe que o intercâmbio tornou-se um diferencial para os que procuram uma vaga de emprego. “E nunca é tarde para aprender. Há pacotes especializados para todas as faixas etárias”.


Enquanto adolescentes escolhem pelos programas de high school – fazer o ensino médio em outro país –, pessoas mais velhas podem optar por um mestrado ou uma especialização na área de formação, explica Fernanda Lins, representante da feira de intercâmbio Salão do Estudante. “Há opções que atendem a até uma família inteira de uma vez. É possível personalizar os pacotes, de acordo com a demanda e o tempo disponível de cada um”.


Ponto a ponto


Belo Horizonte recebe duas feiras de intercâmbio nesta semana:


Nesta terça-feira (15), a partir das 16h, acontece a Eduexpo, no Hotel Mercure, localizado no bairro de Lourdes (avenida do Contorno, nº 7.315). A entrada é gratuita.


Escolas de mais de 20 países, como Holanda, Alemanha, Canadá, República Tcheca e Nova Zelândia terão um stand montado no evento. Os expositores oferecem bolsas de estudos e cursos diferenciados para o público.


Já na quinta-feira, os belo-horizontinos que sonham em fazer intercâmbio poderão participar do Salão do Estudante, que também será realizado no Hotel Mercure.


Entre 15h e 20h, os visitantes poderão conhecer mais de 600 tipos de cursos, oferecidos por 130 expositores. Representantes de 17 países, como Argentina, Chile, Espanha, França, Suíça e Japão, participam do evento.


Mais informações sobre as feiras de intercâmbios podem ser obtidas nos sites eduexpos.com/brasil/2015/feiras e salaodoestudante.com.br
 

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