(Lucas Prates/Hoje em Dia)
Segundo a tradição carnavalesca, uma escola de samba não pode sair pagã na avenida, ou seja, sem uma agremiação madrinha. Daí, a Força Real, estreante do Grupo B neste ano em Belo Horizonte, buscou inspiração na madrinha, a Canto da Alvorada, atual bicampeã dos desfiles do Grupo A.
A responsabilidade da estreante será grande, pois lhe caberá abrir os desfiles, na noite de domingo (dia 10), no Boulevard Arrudas.
O presidente Felipe Diniz, de 27 anos, acredita que a Força Real vai surpreender. Para tentar subir para o Grupo A, a escola levará o samba “Sorte ou azar? As cartas vão falar”, composto por Serginho BH e interpretado por Janjão.
Lendas e histórias
O enredo foi desenvolvido por Guilherme de Freitas e o carnavalesco carioca Bráulio Malheiros. Conta as lendas e histórias da invenção do baralho e seu uso pelo mundo ao longo do tempo.
De acordo com Diniz, o desfile terá a caracterização de um imperador chinês que era distraído com jogos de cartas por suas incontáveis concubinas, uma estratégia para que elas fossem valorizadas aos seus olhos e tivessem suas vidas poupadas.
Diniz afirma também que a escola vai esbanjar criatividade em seus trajes e alegorias, todos com a frase “Made in Ipanema” – alusão ao bairro da escola, na região de Venda Nova.
O desfile será aberto com uma imensa coroa, símbolo da escola, que está em fase final de ornamentação.