STJ manda soltar policias paulistas envolvidos em tiroteio em Juiz de Fora

Rosiane Cunha
14/12/2018 às 20:05.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:35
 (TV Globo/Reprodução/Montagem)

(TV Globo/Reprodução/Montagem)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu na tarde desta sexta-feira (14), liminar de habeas corpus em favor de um delegado e estendida aos demais policiais civis de São Paulo envolvidos na troca de tiros com policiais mineiros e suposto crime de lavagem de dinheiro em Juiz de Fora, na Zona da Mata.

A troca de tiros ocorreu no dia 19 de outubro e resultou na morte de duas pessoas, sendo um policial civil mineiro e um empresário. Além dos policiais de Minas, quatro policiais de São Paulo foram presos por lavagem de dinheiro e um empresário pelo crime de estelionato tentado.

Com a decisão o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, os policiais deixarão o Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e vão responder ao processo em liberdade.

A decisão teve como base o pedido de revogação impetrado pelo advogado responsável pela defesa de um dos delegados, que destacou a ilegalidade da prisão. O ministro do STJ, ao concordar com os argumentos, estendeu o efeito a todos os demais policiais paulistas presos.

O caso

Por volta das 16h do dia 19 de outubro houve um tiroteio no estacionamento de um prédio anexo ao Hospital Monte Sinai, em Juiz de Fora, que mobilizou as polícias Militar e Civil da cidade. 

Veja o vídeo:

A princípio a ocorrência envolvia apenas policiais, mas as investigações apontaram o envolvimento de empresários de SP e um doleiro de Minas. Os tiros teriam começado após um "desacerto" por causa de R$ 14 milhões em notas falsas que o doleiro levava.

Um policial civil de 37 anos, lotado em Juiz de Fora, morreu na troca de tiros. Um empresário de São Paulo, de 42 anos, foi baleado e morreu após ficar seis dias internado.

Outro empresário ferido com um tiro no pé também ficou internado e após receber alta também foi encaminhado ao Ceresp.

Já os três policiais mineiros envolvidos na investigação vão responder por prevaricação e outros cinco policiais de São Paulo seguem sob investigação.

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