Subsolo de BH terá 3.400 vagas, mas briga por espaço continuará

Pedro Rotterdan - Do Hoje em Dia
26/06/2012 às 21:04.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:07
 (Toninho Almada)

(Toninho Almada)

A Prefeitura de Belo Horizonte planeja lançar, nos próximos dias, edital para a construção de oito estacionamentos subterrâneos no Centro da cidade. Serão 3.400 novas vagas, sem previsão de retirada dos rotativos para melhorar a circulação de carros. Um especialista afirma ser ideal acabar, também, com os lugares nas ruas ou estudar a possibilidade do pedágio urbano. Serão três estacionamentos na Savassi, dois na Praça 7, um na avenida Álvares Cabral, um na região hospitalar e um no Barro Preto. O valor cobrado poderá variar entre R$ 10 e R$ 7,90, a hora.   Para o secretário municipal de Desenvolvimento, Marcelo Faulhaber, a iniciativa prevê o aumento de lugares para veículos particulares. “A construção desses estacionamentos não está vinculada ao fim dos rotativos. São mais lugares para veículos”, afirmou. Parte do que for arrecadado pelos empreendimentos será repassada à prefeitura para investir em transporte coletivo.   O especialista e consultor de trânsito Silvestre Andrade acredita que a ação poderia ser a melhor opção para facilitar o fluxo de veículos no Centro de Belo Horizonte se os estacionamentos rotativos fossem retirados.   Sem os locais reservados para estacionamento nas ruas, afirma Andrade, pedestres e veículos seriam beneficiados. “Esse projeto é interessante. Eu vejo até como uma melhoria na qualidade do trânsito e do serviço de vagas disponíveis, mas, sem retirar os rotativos, pode acontecer um aumento do número de carros em determinados pontos”.   Lá fora   Cidades como Nova York, no Estados Unidos, e Londres, na Inglaterra, encontraram como soluções para amenizar o caos no trânsito o pedágio urbano. Nesse sistema, só veículos de transporte coletivo e táxis têm autorização para circular no centro. Carros particulares pagam de R$ 8 a R$ 20, por dia.   Silvestre Andrade afirma que, para esse sistema seja implementando em BH, seria necessário um estudo antes. “Não se pode dizer simplesmente que os carros terão de pagar uma taxa. Para isso, seria necessário melhorar o transporte público e os acessos entre as regiões de Belo Horizonte”, disse.

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