Nas ações de execução fiscal da Samarco, a parcela das multas que caberia ao município de Mariana, após o pagamento pela mineradora, é de R$ 398,9 milhões. O montante seria mais do que suficiente para tirar o município da situação deficitária em que se encontra e auxiliar na diversificação da economia, reduzindo a dependência econômica que a cidade tem da atividade mineradora.

Segundo o prefeito de Mariana, Duarte Júnior, a administração municipal iniciou o ano com uma previsão de encerrar 2015 no vermelho em mais de R$ 6 milhões, com R$ 19 milhões de receita e R$ 25 milhões de despesas. Após uma série de cortes no orçamento, esse déficit caiu para R$ 4 milhões, sustenta o político. Dados do DNPM apontam para uma arrecadação de Cfem no município em 2014 de R$ 90 milhões. Neste ano, até outubro, foram R$ 54,4 milhões.

O pagamento da dívida pela Samarco colocaria a prefeitura com um superávit de quase R$ 395 milhões, valor invejável em qualquer situação, mas ainda mais desejável na situação atual, que requer a reconstrução de alguns distritos impactados pela lama da barragem que se rompeu, com 55 milhões de toneladas de metros cúbicos de rejeitos de minério.

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