Suspeita de congelar animais mortos é presa, enquanto marido é solto

Da Redação
30/11/2019 às 16:09.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:52
 (Reprodução Google Street View)

(Reprodução Google Street View)

Um dia depois que o veterinário investigado por congelar animais mortos para continuar cobrando por internações na Clínica Animed, em Nova Lima, na Grande BH, deixou o presídio, a mulher dele foi presa. De acordo com a Polícia Civil, os dois são investigado por maus-tratos a animais.

A mulher, que também é veterinária e sócia da clínica, estava foragida desde o último dia 22, quando a Justiça expediu mandados de prisões contra ela e o marido. Neste sábado (30), a suspeita foi localizada em São Paulo e detida pelo Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Meio Ambiente (Dema) de Minas.

Já o marido dela, que foi preso no dia 22, conseguiu um Habeas Corpus e deixou o Presídio de Nova Lima, na Grande BH, por volta das 23 horas de sexta-feira, segundo informou a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap). Assim, ele aguardará pelo inquérito em liberdade.

Maus-tratos

Quando deflagrou a operação Arca de Noé, a Polícia Civil informou que alguns clientes relataram que o veterinário e a esposa, além de congelar os animais, vendiam medicamentos proibidos e vencidos e reaproveitavam próteses de animais mortos, além de realizar internações e procedimentos sem necessidade. Também há denúncia de que eles retiravam sangue de cães e gatos sem a permissão dos donos e vendiam o sangue por R$ 400.

Ao pedir a prisão do homem e da esposa dele, a Justiça também determinou a suspensão das atividades da empresa e do exercício da profissão dos dois proprietários, bem como a quebra do sigilo bancário e fiscal das contas dos dois. Além de maus-tratos, a investigação apurou crimes de estelionato, que seriam praticados na clínica. Segundo a promotora de Meio Ambiente de Nova Lima, Cláudia de Oliveira Ignez, a movimentação nas contas dos investigados chegava a R$ 2 milhões por mês, o que é impróprio para esse tipo de negócio.

Irregularidade

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), foi constatado que produtos e substâncias tóxicas ou nocivas à saúde humana ou ao meio ambiente eram descartados de forma irregular em uma rede pluvial, que deságua no córrego do outro lado da rodovia MG-030, onde fica a clínica, ou em recipientes comuns, sem nenhuma identificação.

No dia em que a operação foi deflagrada, a clínica Animed informou que "se coloca à disposição da Justiça para esclarecimento dos fatos e afirma que irá cooperar, no que for preciso, com a investigação da Polícia Civil para que todos os fatos sejam esclarecidos o mais breve possível".

*Com informações de Cinthya Oliveira

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