Suspeito de esquartejar cunhado e jogar corpo na Lagoa da Pampulha é preso na rodoviária

Hoje em Dia
08/09/2014 às 11:50.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:07

O homem apontado pela Polícia Civil por matar e esquartejar o corpo do cunhado, e depois jogar os restos mortais da vítima às margens da Lagoa da Pampulha, foi preso nesta segunda-feira (8) na rodoviária de Belo Horizonte. De acordo com a Guarda Municipal, Ailton Pinheiro Gervársio foi detido no setor de embarque.   "Ele estava indo para o interior de Minas, provavelmente para Montes Claros, e não apresentou resistência à prisão", contou o guarda Januário Silva Tarcísio Mesias Souza. Conforme ele, a delegada Cristiana Angeline, da Delegacia de Homicídios, reconheceu o suspeito no Centro da capital e avisou a Guarda Municipal.   Nesta manhã, durante buscas no terminal rodoviário, Ailton foi localizado e preso. Ele foi levado para a Delegacia de Homicídios.   O homem já havia sido detido anteriormente, mas conseguiu a liberdade e depois foi considerado foragido. A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) informa que instaurou um Procedimento Interno para apurar as responsabilidades pela soltura indevida do detento Ailton Pinheiro Gervásio, do Ceresp Gameleira. Ailton estava preso no Ceresp Gameleira mediante prisão temporária, que venceria no sábado (6).    No entanto, a prisão preventiva foi decretada no dia 3 de setembro e por um possível erro de comunicação interna da unidade prisional o preso foi liberado no domingo (7). Com a nova prisão, ele retornará ao Ceresp Gameleira onde ficará à disposição da Justiça.   Crime   Os irmãos Rita e Aiton Pinheiro Gervársio, de 27 e 18 anos, respectivamente, confessaram que mataram e esquartejaram José Carlos Alves Ribeiro, de 21 anos. Os restos mortais da vítima foram encontrados às margens da Lagoa da Pampulha, em julho deste ano. À polícia, a mulher disse que era casada com José Carlos e decidiu matá-lo porque era constantemente agredida pelo homem. Um adolescente, de 17 anos, que também teria participado do crime, está foragido.   A dupla chegou a ser apresentada à imprensa em agosto. A delegada Cristiana Angelini, responsável pelo caso, contou que a José Carlos foi assassinado com golpes de martelo, dentro de sua casa, no bairro Xangrilá, por Rita e Ailton. Após o homicído, a dupla teria ligado para o menor, que sugeriu esquartejar o corpo para dar fim ao cadáver. Ainda conforme a delegada, as investigações mostraram que o adolescente e Aiton cortaram o corpo usando uma uma faca e uma marreta e depois colocaram os pedaços em sacos plásticos.   Na madrugada do dia 13 de julho, eles fizeram quatro viagens, em uma moto, para desovar os restos mortais às margens da lagoa.   Mistério   O assassinato foi desvendado depois que colegas de José Carlos viram o caso pela TV e notaram a falta do homem no serviço. Eles procuraram a delegacia e reconheceram a cabeça da vítima. "No entanto, a mulher falou que não era ele. Mas no IML (Instituto Médico-Legal) ela se mostrou muito fria, o que levantou desconfiança por parte dos investigadores", contou a delegada.   Depois de ser interrogada, contudo, Rita confessou o crime e delatou os outros dois comparsas. Ela era casada com José Carlos há 4 anos e, durante o relacionamento, registrou uma queixa na polícia por ameaça. A mulher está recolhida no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, enquanto seu irmão está preso no Ceresp São Cristóvão.   A delegada informou, ainda, que os dois serão indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.   Atualizada às 14h25

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