Suspeito de homicídio alega que matou por ter sido chamado de homossexual

Hoje em Dia
05/08/2015 às 16:01.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:14
 (Polícia Civil/ Divulgação)

(Polícia Civil/ Divulgação)

Ser chamado de homossexual foi o motivo para que um homem de 46 anos assassinar um colega com 11 facadas, em 2 de julho deste ano, no bairro Itaipu, na região do Barreiro de Belo Horizonte. É o que concluiu Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, que apresentou nesta quarta-feira (5), o suspeito pelo crime.   Segundo a PC, foram necessários dez dias de investigação. Segundo relatos do suspeito, ele e a vítima teriam se conhecido no dia do crime, em um bar, próximo à casa do autor, onde ingeriram bebida alcoólica das 11h às 19h. O dono do estabelecimento, observando que os dois já haviam consumido grande quantidade de bebida, pediu que eles encerrassem a conta. Ambos, então, resolveram ir à casa do suspeito para continuar bebendo.    Ainda de acordo com relatos do suspeito, em determinado momento, a vítima o teria chamado de homossexual e, em seguida, o agrediu fisicamente. O homem, então, revidou as agressões com vários socos e chutes. Na varanda da casa, o suspeito atingiu o colega com duas facadas no peito. Em seguida, arrastou a vítima, pelas pernas, por cerca de 10 metros, até chegar à garagem, onde desferiu mais nove facadas, no rosto, sequenciais e ininterruptas.    Segundo o delegado Antônio Harley, que coordenou as investigações, o suspeito só parou de golpear a vítima porque a faca quebrou, devido à violência dos golpes. O corpo só foi encontrado cerca de 12 horas após o crime.    Para a Polícia, o suspeito alegou não recordar do momento em que esfaqueou a vítima, já que estava sob influência de álcool e drogas. Testemunhas relatam que a vítima era uma pessoa extremamente discreta e tímida. A suspeita é de que ele só tenha aceitado acompanhar o autor por já estar sob influência de álcool.    Levantamento indicam que, somente este ano, o suspeito foi autuado em flagrante, por três vezes, pelo crime de embriaguez ao volante. Ele também tem histórico criminal por estelionato. Pelo assassinato, o suspeito teve sua prisão temporária decretada e irá responder por homicídio duplamente qualificado. Ele encontra-se no Presídio Antônio Dutra Ladeira.

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