(TSE/DIVULGAÇÃO)
Um comerciante se apresentou à Polícia Civil na segunda-feira (7) e confessou ser o autor da morte do vereador Jeziel Garcia Ferreira, mais conhecido como João Porco, 55 anos. O crime aconteceu em 21 de fevereiro último na cidade de Cachoeira de Minas, Sul do Estado.
A vítima morreu após ser baleado por uma briga com um vizinho, na qual chegou a ficar como forma de protesto - as imagens chegaram a ser divulgadas em redes sociais.
João Porco e o primo Jezuel Garcia Ferreira estavam em pé de guerra desde o ano passado. Jezuel Ferreira morava em frente ao vereador e resolveu abrir, entre dezembro e janeiro, um bar na porta da residência, o que incomodou o político.
Desde então, as brigas entre os dois geraram ao menos sete boletins de ocorrência policial.
No último dia 12, o embate que não passava de discussões ganhou contornos agressivos. Segundo os militares, João Porco levou um golpe de foice nas nádegas de Jezuel. Este justificou a agressão afirmando que o vereador estava ofendendo a esposa. Jezuel foi detido e liberado.
No dia 21, o dono do bar montou uma churrasqueira no bar. João Porco ficou incomodado com a fumaça, além do som alto e das cadeiras e mesas, que, segundo o próprio, atrapalham a passagem dos pedestres.
Como protesto, o vereador decidiu tirar a roupa na varanda de casa. Depois de novas discussões, os dois foram parar novamente na delegacia da cidade. Por falta de alvará de funcionamento, o estabelecimento de Jezuel foi fechado pelos militares.
No entanto, logo após a liberação, Jezuel jogou sua caminhonete contra o carro no qual estava o vereador. Segundo a Polícia Militar, o dono do bar saiu do veículo e disparou quatro tiros contra João Porco - três acertaram a cabeça e um, o tórax. O político foi encaminhado ao Hospital Samuel Libânio, em Pouso Alegre.